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Opinião

Editorial

- Publicada em 06 de Junho de 2011 às 00:00

Carne vira moeda de chantagem comercial da Rússia


Jornal do Comércio
Quando tudo parece que está bem no comércio internacional brasileiro, aí aparecem pendengas. De longe ou aqui ao lado, no caso, a Argentina. Todos querem vender, poucos almejam comprar. Agora chegou a vez de a Rússia inventar barreiras fitossanitárias para bloquear o produto nacional, nos abrindo um déficit de US$ 2 bilhões/ano nas exportações de carnes suínas e de aves, além de um pequeno percentual do produto bovino. O Serviço Federal de Inspeção Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) suspenderá temporariamente a importação de produtos de criação animal do Brasil a partir de 15 de junho. As restrições vão atingir os estados de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, totalizando 85 frigoríficos. Na chegada à Rússia de produtos de outros estados brasileiros, o serviço federal russo afirma que será exigido aumento do controle laboratorial para a segurança veterinária e sanitária dos produtos fornecidos.
Quando tudo parece que está bem no comércio internacional brasileiro, aí aparecem pendengas. De longe ou aqui ao lado, no caso, a Argentina. Todos querem vender, poucos almejam comprar. Agora chegou a vez de a Rússia inventar barreiras fitossanitárias para bloquear o produto nacional, nos abrindo um déficit de US$ 2 bilhões/ano nas exportações de carnes suínas e de aves, além de um pequeno percentual do produto bovino. O Serviço Federal de Inspeção Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) suspenderá temporariamente a importação de produtos de criação animal do Brasil a partir de 15 de junho. As restrições vão atingir os estados de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, totalizando 85 frigoríficos. Na chegada à Rússia de produtos de outros estados brasileiros, o serviço federal russo afirma que será exigido aumento do controle laboratorial para a segurança veterinária e sanitária dos produtos fornecidos.
A Europa está vendo países irem de mal a pior, como a Grécia, a Irlanda e Portugal, estando na fila a Espanha. Os argentinos têm uma carne muito boa e, não fossem os atritos entre a presidente Cristina Kirchner e os fazendeiros, talvez o Brasil amargasse mais perdas. Mas a Rússia usou barreiras fitossanitárias de maneira ardilosa contra as carnes suínas e de frango, pois o Brasil exporta para países europeus e nosso controle tem sido motivo até de imitação. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, terá reunião nesta segunda-feira com os presidentes de todas as empresas exportadoras de carne e suas associações. Os outros países só não tomam mais vendas do País porque não conseguem ter volume suficiente para isso. Além disso, por conta do dólar fraco, o mercado interno passa a ser mais rentável para as indústrias. Com menos oferta para o exterior, o preço médio das carnes em geral subiu, o que, em última instância, pode limitar o consumo em países com menor poder de compra.
A Rússia, que compra os cortes mais baratos, chegou a representar 33% das exportações brasileiras. Hoje, esse percentual caiu para 25% e cairá mais, com a longa lista de empresas proibidas de exportar para lá. Em alguns casos e momentos, ter uma moeda fraca é bom, como está acontecendo com a Argentina, mesmo que isso traga mais inflação e desorganize as finanças internas. Para o Brasil, que passou anos e anos em meio a uma instabilidade econômico-financeira, os juros altos atraem investimentos externos. Bom seria o dólar valer R$ 2,00, patamar considerado ideal para as exportações. É mesmo difícil governar um País de tantas disparidades. E isso que entre 16 a 18 de maio, uma missão brasileira foi à Rússia, chefiada pelo vice-presidente Michel Temer. Na ocasião, com relação às restrições a frigoríficos nacionais, o serviço veterinário russo requisitou mais informações do nosso governo. O Ministério da Agricultura disse que faria novas auditorias em todas as indústrias de carnes bovina, suína e de aves habilitadas a exportar para os russos. Depois dessas inspeções, o governo brasileiro encaminharia uma avaliação global sobre os frigoríficos, que seria discutida em uma nova rodada de trabalho. Mas tudo acabou. Por enquanto. Temos que reagir.
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