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Opinião

Artigo

- Publicada em 17 de Dezembro de 2010 às 00:00

Papai Noel versus Menino Jesus


Jornal do Comércio
Em pesquisa entre crianças e jovens sobre o motivo do Natal, chega-se a uma unanimidade: Papai Noel. Raros vinculam a data ao nascimento de Jesus. Na verdade, hoje é uma surra acachapante do velhinho sobre o Deus menino. Vamos à história. Natal, do latim “natalis dies”, é o dia do nascimento de Jesus. Entre os pagãos, era uma festa ao sol, no hemisfério Norte, de 21 a 23 de dezembro, quando o sol atinge o maior grau de distanciamento do Equador (solstício). Mais tarde, foi substituída pelas comemorações cristãs do nascimento de Jesus. A fixação em 25 de dezembro ocorreu, no século IV, com o Papa Júlio I. A tradição do Papai Noel está ligada a São Nicolau, bispo na Turquia entre os anos 280 e 345. Sua vida é cercada de lendas que o retratam como pessoa bondosa, que dava muitos presentes. Após sua morte, começou a ser cultuado por toda a Europa. É o padroeiro da Rússia, onde tem o nome de Nicolas. Os reformadores nórdicos do século XVI, contrários à devoção aos santos, substituíram São Nicolau pela figura do Papai Noel. Segundo a tradição, ele parte do Polo Norte, coberto de neve, em cima de um trenó cheio de presentes e puxado por renas, na velocidade do pensamento, passa de casa em casa para entregar presentes às crianças que durante o ano foram obedientes. 
Em pesquisa entre crianças e jovens sobre o motivo do Natal, chega-se a uma unanimidade: Papai Noel. Raros vinculam a data ao nascimento de Jesus. Na verdade, hoje é uma surra acachapante do velhinho sobre o Deus menino. Vamos à história. Natal, do latim “natalis dies”, é o dia do nascimento de Jesus. Entre os pagãos, era uma festa ao sol, no hemisfério Norte, de 21 a 23 de dezembro, quando o sol atinge o maior grau de distanciamento do Equador (solstício). Mais tarde, foi substituída pelas comemorações cristãs do nascimento de Jesus. A fixação em 25 de dezembro ocorreu, no século IV, com o Papa Júlio I. A tradição do Papai Noel está ligada a São Nicolau, bispo na Turquia entre os anos 280 e 345. Sua vida é cercada de lendas que o retratam como pessoa bondosa, que dava muitos presentes. Após sua morte, começou a ser cultuado por toda a Europa. É o padroeiro da Rússia, onde tem o nome de Nicolas. Os reformadores nórdicos do século XVI, contrários à devoção aos santos, substituíram São Nicolau pela figura do Papai Noel. Segundo a tradição, ele parte do Polo Norte, coberto de neve, em cima de um trenó cheio de presentes e puxado por renas, na velocidade do pensamento, passa de casa em casa para entregar presentes às crianças que durante o ano foram obedientes. 
Atualmente, o Papai Noel é soberano. Graças ao marketing do consumismo e o milagre dos ambientes climatizados do shopping, sua figura conquistou a todos, mesmo num país tropical, sem frio e neve. É sinônimo de Natal, presentes e motor do consumo. Satisfaz a voracidade de crianças e adultos. E saber que, há menos de 50 anos, na infância de tantas pessoas, no meio rural, quem trazia os presentes era o Menino Jesus. Passava de casa em casa, com seu burrinho. Ao lado do rústico presépio, cada um colocava o seu chapéu, e dentro dele grãos de milho. Era o alimento para o burrinho ter forças e seguir viagem. No dia seguinte, o milho desaparecera e lá estavam os singelos presentes. Sei que o Menino Jesus não é um bom garoto propaganda nem combina com shopping, templo do consumo. Não prego que se desbanque o Papai Noel. Não há como se insurgir contra o consumismo. É inevitável e move o mundo. Longe de mim também fazer prevalecer aspectos religiosos. Isso fica para cada um. Quero apenas lembrar que o Natal celebra o nascimento de Jesus. E, paralela aos presentes, pode nascer uma onda de fraternidade entre os homens, capaz de levar solidariedade e vida mais digna aos que apenas sonham com o Noel e nunca tiveram a ventura de sua visita.
   
Professor e escritor  
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