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Opinião

Artigo

- Publicada em 18 de Novembro de 2010 às 00:00

O estranho “efeito Tanzi”


Jornal do Comércio
Explicar a economia brasileira no exterior hoje se tornou mais fácil para os brasileiros. Ocorre que, graças ao Plano Real, às privatizações e ao sistema de proteção ao sistema bancário – iniciativas desenvolvidas especialmente na década de 1990 (fim de século!) – a economia tem crescido com mais vigor e maior justiça social. O Produto Interno Bruto (PIB) mostra, ainda que modestamente, crescimento do emprego e da renda nacionais. Ademais, hoje, explicar a economia brasileira no exterior é fazê-lo com linguagem acessível. Com termos lá conhecidos, por economistas e por um público maior. Todavia, quem, há mais de uma década, deu aulas de economia brasileira no exterior enfrentava grandes dificuldades em explicar alguns dos seus fenômenos típicos. Por exemplo: as taxas absurdas de inflação (chegaram a cerca de 90% ao mês na chamada década perdida – anos 80); a indexação dos valores monetários; e o crescimento dos saldos dos empréstimos de qualquer natureza.
Explicar a economia brasileira no exterior hoje se tornou mais fácil para os brasileiros. Ocorre que, graças ao Plano Real, às privatizações e ao sistema de proteção ao sistema bancário – iniciativas desenvolvidas especialmente na década de 1990 (fim de século!) – a economia tem crescido com mais vigor e maior justiça social. O Produto Interno Bruto (PIB) mostra, ainda que modestamente, crescimento do emprego e da renda nacionais. Ademais, hoje, explicar a economia brasileira no exterior é fazê-lo com linguagem acessível. Com termos lá conhecidos, por economistas e por um público maior. Todavia, quem, há mais de uma década, deu aulas de economia brasileira no exterior enfrentava grandes dificuldades em explicar alguns dos seus fenômenos típicos. Por exemplo: as taxas absurdas de inflação (chegaram a cerca de 90% ao mês na chamada década perdida – anos 80); a indexação dos valores monetários; e o crescimento dos saldos dos empréstimos de qualquer natureza.
Por outro lado, no Brasil há, ainda hoje, um absurdo desconhecimento técnico e político sobre alguns fenômenos econômicos conhecidos no exterior. Para não ir muito longe, basta citar o denominado “efeito Tanzi”, concebido pelo italiano Vito Tanzi – um economista do Banco Mundial, em Washington DC (EUA). O “efeito Tanzi” relaciona preços de mercadorias e de serviços; inflação; fato gerador de tributos e arrecadação de impostos e taxas. Poderia dizer-se que, basicamente, quanto maior a inflação, menor a arrecadação real de impostos. Vale dizer, a inflação influencia diretamente a arrecadação fiscal dos governos. No Brasil – onde a carga tributária oscila entre 36% a 40% do PIB –, quando os governos desejam maior arrecadação fiscal costumam aumentar as alíquotas de impostos e taxas correspondentes (pouco se lhes importa melhorar a gestão pública). Por igual, mal sabem que o estranho “efeito Tanzi”, por consequência, induz ao fato de que se forem menores essas alíquotas de impostos e taxas, maior será a arrecadação de tributos. Há, ainda, algumas explicações mais singelas, por exemplo, menos impostos estimulam o surgimento de novas empresas e negócios, logo maior arrecadação fiscal. Ao revés, mais impostos provocam a sonegação fiscal.
Economista
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