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Opinião

Editorial

- Publicada em 11 de Novembro de 2010 às 00:00

E nem desculpas convencem sobre a má educação


Jornal do Comércio
Mais um problema na realização, na aplicação ou no sigilo das provas do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Há décadas, o vestibular era o terror dos que terminavam o Clássico, o Científico, Técnico em Contabilidade, Secretariado ou Normal, entre outros cursos secundários, para a prestação do vestibular para ingressar em qualquer faculdade, fosse pública ou particular. Pois o Brasil, de lei em lei, de norma em norma, de modelo em modelo não consegue padronizar, aplicar e ter eficiência no Ensino Fundamental nem no Ensino Médio. Como está, tudo indica que o Exame Nacional do Ensino Médio criou mais problemas do que os solucionou. O Enem veio para dar uma oportunidade para os estudantes mais desfavorecidos. No entanto, quem sai bem no Enem também vai bem no vestibular de múltipla escolha, no dissertativo, em redação e em matemática. E quem vai mal no Enem, vai mal em tudo. De tanto forçar a inclusão social artificialmente no ensino, quando a preocupação deveria ser, antes de mais nada, repetimos, o Ensino Fundamental amplo, geral, irrestrito e, muito mais, obrigatório e de qualidade para as crianças do Brasil, o que se observa é um elenco de cotas, exames e avaliações por motivos nem sempre justificados, embora sempre explicados. E nem as explicações têm convencido a opinião pública, menos ainda os alunos que prestam tais avaliações. A diferença de desempenho entre os estudantes em função da faixa de renda é marcante, dolorosamente marcante. Isso é inaceitável no sistema escolar. Estamos medindo o aprendizado com o Enem, com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e com o Sistema de Avaliação da Educação Básica, um problema que deveria ter sido solucionado anteriormente. Há décadas que estamos medindo. Faz muito tempo que é sabido que esses problemas existem. E tudo o que se pratica é medi-los? Não tem sentido. Nenhum problema vai ser resolvido porque ele foi medido várias vezes. Essa é uma distorção do modelo.
Mais um problema na realização, na aplicação ou no sigilo das provas do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Há décadas, o vestibular era o terror dos que terminavam o Clássico, o Científico, Técnico em Contabilidade, Secretariado ou Normal, entre outros cursos secundários, para a prestação do vestibular para ingressar em qualquer faculdade, fosse pública ou particular. Pois o Brasil, de lei em lei, de norma em norma, de modelo em modelo não consegue padronizar, aplicar e ter eficiência no Ensino Fundamental nem no Ensino Médio. Como está, tudo indica que o Exame Nacional do Ensino Médio criou mais problemas do que os solucionou. O Enem veio para dar uma oportunidade para os estudantes mais desfavorecidos. No entanto, quem sai bem no Enem também vai bem no vestibular de múltipla escolha, no dissertativo, em redação e em matemática. E quem vai mal no Enem, vai mal em tudo. De tanto forçar a inclusão social artificialmente no ensino, quando a preocupação deveria ser, antes de mais nada, repetimos, o Ensino Fundamental amplo, geral, irrestrito e, muito mais, obrigatório e de qualidade para as crianças do Brasil, o que se observa é um elenco de cotas, exames e avaliações por motivos nem sempre justificados, embora sempre explicados. E nem as explicações têm convencido a opinião pública, menos ainda os alunos que prestam tais avaliações. A diferença de desempenho entre os estudantes em função da faixa de renda é marcante, dolorosamente marcante. Isso é inaceitável no sistema escolar. Estamos medindo o aprendizado com o Enem, com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e com o Sistema de Avaliação da Educação Básica, um problema que deveria ter sido solucionado anteriormente. Há décadas que estamos medindo. Faz muito tempo que é sabido que esses problemas existem. E tudo o que se pratica é medi-los? Não tem sentido. Nenhum problema vai ser resolvido porque ele foi medido várias vezes. Essa é uma distorção do modelo.
O mais triste é que de erro em erro, de fraude em fraude, de desorganização em desorganização a autoestima nacional cai. Simultaneamente, em concursos públicos, futuros profissionais de áreas fundamentais ao Estado pagam para ter acesso às provas de maneira fraudulenta. Que cidadão teremos para exercer tarefas importantes logo adiante? O pior é que está surgindo mais uma explicação para a irresponsabilidade em que se transformou o Enem, que é colocar a culpa nos donos de cursinhos pré-vestibulares, os quais estariam perdendo dinheiro. Claro, antes havia o pavor das provas. Tanto que, há 50 anos, em Porto Alegre, chocou o suicídio de um rapaz que foi reprovado no vestibular e, não aguentando a inevitável frustração da família pela não aprovação para entrar na faculdade preferida, tirou a própria vida. Outros tempos, outro contexto, mas a tragédia ocorreu no bairro Rio Branco. Vamos ter melhores explicações e mais gestão – uma palavra hoje odiada pelos responsáveis pela educação e saúde pública no Brasil. Fazer as coisas bem feitas e de maneira clara, organizada, em todo o País. O Exame Nacional do Ensino Médio em si em uma medida salutar e democrática, desde que bem elaborado e aplicado. Mas temos alguns nem estão aí para a opinião pública.
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