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Opinião

Editorial

- Publicada em 12 de Março de 2010 às 00:00

Corrida ao Planalto tem frases de efeito mas poucas propostas


Jornal do Comércio
A governadora Yeda Crusius diz que cada um tem o seu tempo e o governador José Serra tem o dele. Porém, o tempo urge. O presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) lançaram Dilma Rousseff. Na internet, a ministra da Casa Civil é atacada por sua vida de militante contra o movimento de 1964. José Serra, também questionador dos anos entre 1964 e 1985, ainda não se lançou, embora todos digam que está mais candidato do que nunca. Aécio Neves, governador de Minas, desistiu de ser presidente e pediu para que não o pressionassem para uma dobradinha com Serra. “Empurrado não vou”, disse, lembrando frase do seu avô, Tancredo Neves. Serra e Aécio reviveriam a famosa política café com leite, que vigorou até Getúlio Vargas e a Revolução de 1930. Aqui perto tivemos duas posses de presidentes, José Mujica, no Uruguai, um esquerdista convertido à economia de mercado, e, ontem, no Chile, de Sebastián Piñera. Ele é o primeiro conservador eleito no país em 52 anos. Piñera, que durante a campanha prometeu criar um milhão de novos empregos e fazer o Produto Interno Bruto (PIB) crescer 6% ao ano, agora enfrenta a difícil tarefa de reconstruir o Chile. A posse de Piñera marcou o fim dos 20 anos de governo da coalizão de centro-esquerda Concertação, que chegou ao poder após a ditadura do general Augusto Pinochet, de 1973 a 1990.
A governadora Yeda Crusius diz que cada um tem o seu tempo e o governador José Serra tem o dele. Porém, o tempo urge. O presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) lançaram Dilma Rousseff. Na internet, a ministra da Casa Civil é atacada por sua vida de militante contra o movimento de 1964. José Serra, também questionador dos anos entre 1964 e 1985, ainda não se lançou, embora todos digam que está mais candidato do que nunca. Aécio Neves, governador de Minas, desistiu de ser presidente e pediu para que não o pressionassem para uma dobradinha com Serra. “Empurrado não vou”, disse, lembrando frase do seu avô, Tancredo Neves. Serra e Aécio reviveriam a famosa política café com leite, que vigorou até Getúlio Vargas e a Revolução de 1930. Aqui perto tivemos duas posses de presidentes, José Mujica, no Uruguai, um esquerdista convertido à economia de mercado, e, ontem, no Chile, de Sebastián Piñera. Ele é o primeiro conservador eleito no país em 52 anos. Piñera, que durante a campanha prometeu criar um milhão de novos empregos e fazer o Produto Interno Bruto (PIB) crescer 6% ao ano, agora enfrenta a difícil tarefa de reconstruir o Chile. A posse de Piñera marcou o fim dos 20 anos de governo da coalizão de centro-esquerda Concertação, que chegou ao poder após a ditadura do general Augusto Pinochet, de 1973 a 1990.
Desde que começou a desferir críticas veladas a José Serra, às vezes citando o governo anterior, de FHC, Lula pensou em uma estratégia baseado nas pesquisas. Sim, porque tendo 80% de aprovação popular, quer ele mesmo fazer o embate político, blindando Dilma. Lula tem sido um fenômeno de comunicação, mas não transferiu tantos votos aos candidatos do PT em 2008. Esperto politicamente, o presidente quer que seja com ele o debate porque reconhece que Dilma dificilmente, salvo aquelas reviravoltas como só a política sabe dar, será um ectoplasma político dele, Lula. Ontem se soube que o PIB do Brasil caiu 0,2% em 2009, o primeiro resultado negativo desde 1992, sob o impacto da crise financeira internacional. Apesar da queda, o resultado foi o quarto melhor entre os 20 países da América e da Europa que já anunciaram o desempenho de suas economias no ano passado. Entre os membros do Bric, Brasil, Rússia, Índia e China, o Brasil superou o desempenho da Rússia. Por isso, em uma eleição, treinar a mente exige tanta paciência e determinação como é necessário para moldar o aço. Lula da Silva aprimorou essa agudez mental. É ferino, sabe colocar a palavra certa no momento exato e faz com que seus sentimentos atinjam o coração dos que o ouvem. No Estado temos uma disputa política que começou em 2007 e deverá ir até outubro. Hoje, há certa trégua. Os astros se combinaram em 2006 para que nem Germano Rigotto e Olívio Dutra fossem os ungidos. Yeda Crusius, com seus 3,3 milhões de votos, acabou com a dicotomia. Durante três anos sabíamos o que nos oferecia o cardápio político, as acusações onde a tênue linha entre o absurdo, a versão e os fatos fica apagada tal e qual a areia que se move nas dunas do deserto. Mas Yeda se escuda no déficit zero, na remodelação da dívida com uma enorme economia, no pagamento dos precatórios, na recuperação material e humana das polícias, além do fim de antigas pendengas com os prefeitos. Ah, mas faltam isso e aquilo. Sempre faltaram. É que as verdades não geram admiradores. São os erros, as fábulas e os disparates que os criam. O Rio Grande, às vezes, carece de um absolutismo bem conduzido porque ele é o corretivo da liberdade mal compreendida.

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