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Opinião

Editorial

- Publicada em 07 de Janeiro de 2010 às 00:00

Temos muito o que fazer para reativar as exportações


Jornal do Comércio
Todos os prognósticos indicam que o Produto Interno Bruto do Brasil (PIB) crescerá mais do que 5% em 2010. O sonho vai até 6,5%. São expectativas, nada mais do que isso. A recuperação da China é um alento global. No entanto, para o Brasil e, mais ainda, para os gaúchos, nem tudo poderá se concretizar. Temos de trabalhar muito para recuperar mercados perdidos durante o pior da crise financeira mundial. Com efeito, a China tomou, em 2009, o lugar dos Estados Unidos da América (EUA) como o principal destino dos produtos brasileiros. Para reconquistar o mercado estadunidense, o governo pretende lançar uma ofensiva comercial em 2010. Acontece que os americanos, ao contrário dos chineses, que importam mais alimentos e metais, sempre foram grandes compradores de manufaturados, cuja produção gera mais renda e empregos aqui. Sem o aumento das exportações para os EUA e países da América Latina, teremos dificuldades. Os chineses assumiram a liderança porque as exportações brasileiras para os EUA caíram 42,4% em 2009, passando de US$ 27,6 bilhões, em 2008, para US$ 15,7 bilhões. As exportações brasileiras para a China aumentaram 23,1%, de US$ 16,4 bilhões para US$ 19,9 bilhões. Agora, as exportações para a China representam 13,1% da pauta brasileira e as dos EUA, 10,3%.
Todos os prognósticos indicam que o Produto Interno Bruto do Brasil (PIB) crescerá mais do que 5% em 2010. O sonho vai até 6,5%. São expectativas, nada mais do que isso. A recuperação da China é um alento global. No entanto, para o Brasil e, mais ainda, para os gaúchos, nem tudo poderá se concretizar. Temos de trabalhar muito para recuperar mercados perdidos durante o pior da crise financeira mundial. Com efeito, a China tomou, em 2009, o lugar dos Estados Unidos da América (EUA) como o principal destino dos produtos brasileiros. Para reconquistar o mercado estadunidense, o governo pretende lançar uma ofensiva comercial em 2010. Acontece que os americanos, ao contrário dos chineses, que importam mais alimentos e metais, sempre foram grandes compradores de manufaturados, cuja produção gera mais renda e empregos aqui. Sem o aumento das exportações para os EUA e países da América Latina, teremos dificuldades. Os chineses assumiram a liderança porque as exportações brasileiras para os EUA caíram 42,4% em 2009, passando de US$ 27,6 bilhões, em 2008, para US$ 15,7 bilhões. As exportações brasileiras para a China aumentaram 23,1%, de US$ 16,4 bilhões para US$ 19,9 bilhões. Agora, as exportações para a China representam 13,1% da pauta brasileira e as dos EUA, 10,3%.
A Argentina, o nosso segundo principal parceiro comercial em 2008, também perdeu o posto e ficou em terceiro lugar no ano passado, com as exportações recuando de US$ 17,6 bilhões para US$ 12 bilhões. Os EUA, no entanto, continuaram liderando em 2009 o ranking dos vendedores ao Brasil, com US$ 20,2 bilhões das importações nacionais, e US$ 15,9 bilhões da China. Os EUA também se mantêm na liderança do comércio com o Brasil, totalizando US$ 35,9 bilhões. A China ficou em segundo, com US$ 35,8 bilhões. A ideia do governo é investir muito em 2010 no mercado americano, enquanto aumenta o clamor contra o enorme peso dos impostos cobrados sobre as exportações. No entanto, o dólar desvalorizado no Brasil dá vantagem aos vizinhos Argentina e Uruguai no mercado global de carne bovina. Mesmo com o preço em alta no exterior, o que poderia reaquecer as exportações brasileiras, o desempenho do setor ainda é incerto neste ano. No Uruguai e na Argentina o preço da carne no frigorífico está entre US$ 2,10 e US$ 2,16 por quilo, enquanto no Brasil está entre US$ 2,50 e US$ 2,60, por causa do dólar. No entanto, o que interessa é a desoneração tributária. A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para combater os efeitos danosos da crise deveria servir de exemplo. O Brasil não pode continuar exportando tributação. Por isso o governo ampliará o regime de drawback, o modelo que incentiva a importação de matérias-primas e componentes de produtos exportados e adotará regimes especiais de isenção para alguns setores. Dessa forma, a equipe econômica trabalha junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para evitar acumulação de créditos tributários pelos estados. Simultaneamente, a Receita Federal quer melhorar a contabilidade dos pedidos de crédito feitos pelos exportadores. A Receita diz que mais de 40% dos pedidos são irregulares. O problema de acumulação de crédito só será resolvido com a reforma tributária. Estamos em ano eleitoral e as reformas que, realmente, interessam ao País para destravá-lo, beneficiar a concorrência, a qualidade, a inovação, empreendedorismo e as vendas ao exterior não saem do papel, além do excesso de gastos e menos arrecadação, um fato sendo consequência inevitável do outro, com ou sem crise importada.
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