Mortes e mais mortes no Natal, onde o que predominam são bebidas, comidas e drogas, pouco importando o sentido religioso da data. Agora, como a coca é usada na Bolívia com fins rituais, culturais, medicinais e industriais em chás, xaropes e licores, sua exportação ao Brasil será permitida. O problema é que é desviada ao narcotráfico, para a elaboração de cocaína. No Exterior dizem que a polícia do Rio mata mais do que a de Nova Iorque, sob o pretexto de enfrentamentos na hora da prisão. A ONU critica o fato de que a polícia, no Brasil, investiga a polícia e isso leva à impunidade. Por isso, qual o brasileiro que não suspirou pela aplicação do programa tolerância zero? Pois o ex-prefeito de Nova Iorque Rudolph Giuliani, que idealizou a política da tolerância zero, enfrentou as cinco famílias da Cosa Nostra e reduziu a criminalidade na metrópole, prestará consultoria para o governo do Rio de Janeiro. A capital fluminense sediará os Jogos Mundiais Militares, em 2011, o Mundial de Futebol de 2014 e a Olimpíada de 2016. De pronto, Giuliani lembrou que, para ser um líder, uma pessoa precisa fazer cinco coisas: ler, escutar, debater, escrever e pensar. O ex-prefeito de Nova Iorque esteve em Curitiba, São Paulo e no Rio. Giuliani lembrou que quando se tornou prefeito de Nova Iorque, em 1994, 60% dos moradores da Big Apple desejavam deixar a cidade. “As pessoas queriam ir embora. Mil carros eram roubados a cada três dias. Combatemos a criminalidade com tecnologia e policiais especializados. Você não destaca os mesmos policiais para lutar contra o roubo de carros, estupros e o roubo de computadores. Em 1984 não existia tecnologia de informática suficiente para o programa. Demorava três dias para se receber uma informação”, afirmou Giuliani. Entre 1983 e 1988, Giuliani foi promotor-geral no distrito Sul de Nova Iorque. Obteve 4.152 condenações, um recorde. Participou do Mafia Comission Trial, entre 1985 e 1986, um julgamento de 11 líderes da Comission, o grupo que reunia os chefes das cinco famílias da Cosa Nostra de Nova Iorque, a saber, Bonanno, Gambino, Lucchese, Colombo e Genovese. Oito dos 11 julgados foram condenados em 1987 por extorsão e assassinatos. Paul Castellano, o “capo di tutti i capi”, o chefe de todos os chefes, foi libertado sob fiança e morto dois meses depois em uma disputa com John Gotti. “Esses grupos controlavam o comércio dos restaurantes, os serviços para os prédios comerciais, sindicatos e muita coisa. Nós perseguimos a corrupção, as famílias sicilianas em Nova Iorque e na Sicília, junto com o governo italiano”, afirmou o ex-prefeito, orgulhoso. Ele se tornou objeto de cobiça das empresas que gostam de fazer endorsements, ou seja, associar suas marcas com pessoas de sucesso. Democrata na juventude e republicano na maturidade, ele concorreu pela primeira vez à prefeitura de Nova Iorque em 1989 e foi derrotado. “Quando isso acontece, você precisa perceber porque as coisas deram errado”. Ele concorreu e venceu em 1993, com o apoio de republicanos e liberais. Hoje, a taxa de homicídios de Nova Iorque é 30% menor que a média das grandes cidades norte-americanas, segundo o ex-prefeito. “Muitos dos líderes foram formados no trabalho, não na escola. Giuliani julga que ser líder significa ter humildade, inclusive para dizer eu não sei tudo. Também para escutar as outras pessoas, abrir a mente, ter tempo para pensar. “Muitas de minhas decisões foram tomadas quando eu estava no banho.” Como está na internet, só se pode dizer: mandem esse homem para cá logo. Para Porto Alegre e para o Rio Grande do Sul. No Rio, ele estará.