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Opinião

artigo

- Publicada em 22 de Dezembro de 2009 às 00:00

Ministério Público e futebol: duas grandes paixões


Jornal do Comércio
Dizem que o conhecimento se dá por associações de significados. Entendemos algo a partir de outro conceito formado e assim por diante. Há onze anos vivo o Ministério Público. Muito antes, já jogava bola. Duas intensas atividades que, num devaneio, considero com acentuadas semelhanças. O promotor de júri é aquele com grande destaque, que todos ouvem, bastante admirado, é a vitrine no Ministério Público. Ele representa um grande atacante, rápido, veloz, goleador, ídolo da torcida, sempre esperança de estupendas atuações. Promotores da Infância, Defesa Comunitária e Meio Ambiente são os meias, pois com conhecimentos altamente técnicos, habilidosos, sabem fazer o time jogar, difundindo melhores práticas, dando o toque de qualidade no time. Nas iniciais, promotorias únicas, esses sim certamente são os volantes de hoje! Defendem, armam e atacam, desde pareceres cíveis, participam de reuniões na comunidade, processam abusadores, brigam e conciliam com o prefeito, orientam a equipe e o conselho tutelar, espanam a bola e chegam para concluir, são os "faz-tudo". Os zagueiros, quase sempre mais lentos que os demais, por muitos esquecidos, mas fortes, imponentes, com proposições arraigadas, sem muita brincadeira, são os civilistas, com paulatina racionalização, mas fundamental para o atual estágio do Ministério Público e base da confiança do time. Nossos procuradores certamente fazem as vezes dos cartolas. Decidem o futuro da instituição, o destino do time. E os alas? Nada de imediato vem à mente, talvez por isso estejamos numa crise de alas no futebol... Acredito que Ministério Público e futebol reprisem a vida. Não são nenhum pouco matemáticos, do ponto de vista da precisão, oscilam, ora racionais, ora emocionais. Por mais que tentemos uma vida estável, sempre estamos sujeitos aos imprevistos, entretanto experimentamos grandes alegrias, amizades, e, sobretudo, amor, afinal é a vida.

Dizem que o conhecimento se dá por associações de significados. Entendemos algo a partir de outro conceito formado e assim por diante. Há onze anos vivo o Ministério Público. Muito antes, já jogava bola. Duas intensas atividades que, num devaneio, considero com acentuadas semelhanças. O promotor de júri é aquele com grande destaque, que todos ouvem, bastante admirado, é a vitrine no Ministério Público. Ele representa um grande atacante, rápido, veloz, goleador, ídolo da torcida, sempre esperança de estupendas atuações. Promotores da Infância, Defesa Comunitária e Meio Ambiente são os meias, pois com conhecimentos altamente técnicos, habilidosos, sabem fazer o time jogar, difundindo melhores práticas, dando o toque de qualidade no time. Nas iniciais, promotorias únicas, esses sim certamente são os volantes de hoje! Defendem, armam e atacam, desde pareceres cíveis, participam de reuniões na comunidade, processam abusadores, brigam e conciliam com o prefeito, orientam a equipe e o conselho tutelar, espanam a bola e chegam para concluir, são os "faz-tudo". Os zagueiros, quase sempre mais lentos que os demais, por muitos esquecidos, mas fortes, imponentes, com proposições arraigadas, sem muita brincadeira, são os civilistas, com paulatina racionalização, mas fundamental para o atual estágio do Ministério Público e base da confiança do time. Nossos procuradores certamente fazem as vezes dos cartolas. Decidem o futuro da instituição, o destino do time. E os alas? Nada de imediato vem à mente, talvez por isso estejamos numa crise de alas no futebol... Acredito que Ministério Público e futebol reprisem a vida. Não são nenhum pouco matemáticos, do ponto de vista da precisão, oscilam, ora racionais, ora emocionais. Por mais que tentemos uma vida estável, sempre estamos sujeitos aos imprevistos, entretanto experimentamos grandes alegrias, amizades, e, sobretudo, amor, afinal é a vida.

No futebol, o atual time rebaixado geralmente no outro ano estará em festa, subindo. A beleza está no fato de que um time teoricamente mais fraco e desacreditado sempre poderá ganhar. A todo tempo se pode dar a volta por cima. Claro, o time melhor preparado possui maiores chances, contudo não vejo nenhum outro esporte com tantas opções, por isso emocionante, universal, a essência da vida. Um processo bem estudado, júri cansativamente preparado, atuação tecnicamente perfeita não são garantia de procedência. Um promotor de Justiça sempre se sujeita à cabeça de uma sentença, à falta de sensibilidade de acordantes, a um veredicto desfavorável. Por vezes, achamos que somos só mais uma peça do sistema. Mas num dia, em que se proporciona novos horizontes a uma criança, condenação depois de um trabalho tão árduo, ajustamento inalcançável por outras vias, tem-se a recompensa por toda uma carreira. E no outro dia, a vida segue normalmente, tudo de novo. Tudo se repete e se renova. Vivo futebol e o Ministério Público, grandes paixões, pois retratos da vida.

Promotor de Justiça

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