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Publicada em 20 de Junho de 2025 às 00:25

Transformação de Barra do Ribeiro começa a sair do papel

Cidade ainda não vê máquinas trabalhando, mas percebe alteração no ambiente econômico

Cidade ainda não vê máquinas trabalhando, mas percebe alteração no ambiente econômico

/TÂNIA MEINERZ/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
Ainda não há máquinas na área ou obras preparatórias para a futura estrutura bilionária anunciada no último ano pela CMPC para erguer uma nova planta industrial em Barra do Ribeiro, naquele que é o maior investimento privado já anunciado no Rio Grande do Sul. No entanto, o ambiente do município com 12,2 mil habitantes já vive uma pequena transformação.
Ainda não há máquinas na área ou obras preparatórias para a futura estrutura bilionária anunciada no último ano pela CMPC para erguer uma nova planta industrial em Barra do Ribeiro, naquele que é o maior investimento privado já anunciado no Rio Grande do Sul. No entanto, o ambiente do município com 12,2 mil habitantes já vive uma pequena transformação.
"Os primeiros setores a começarem a aquecer são comércio e o de construção. Algumas novas lojas já chegaram à cidade e investidores e empresários têm nos procurado na prefeitura", conta o prefeito João Feijó.
Segundo ele, são pelo menos dois novos projetos de loteamentos confirmados e outros em negociações avançadas. A perspectiva é de que o projeto tenha o potencial de duplicar a população do município em um prazo de cinco anos.
Por isso, o prefeito garante que todo este avanço será planejado. O município, até então, não contava com um plano diretor ou um zoneamento de atividades, atualmente em desenvolvimento.
"Temos ouvido todos os setores da nossa economia e, claro, a CMPC. A tendência é mantermos a atual característica da região central da nossa cidade, com a nossa relação com a Lagoa dos Patos e com o Guaíba, que nos dá um diferencial único, por exemplo, para o turismo", diz Feijó.
Entre os detalhes que devem estar contemplados neste novo planejamento, por exemplo, estará ainda a definição de uma zona para os novos loteamentos que não sejam vizinhos à futura zona industrial.
Tecnicamente, aponta o diretor-geral de Celulose da CMPC Brasil, Antonio Lacerda, desde o anúncio do chamado Projeto Natureza, a empresa já teve a aprovação do termo de referência do Estudo de Impacto Ambiental e a instalação do Comitê de Governança para Monitoramento da futura unidade de Barra do Ribeiro.
A empresa avança agora na obtenção das licenças ambientais, com previsão de início das obras em 2026 e início das operações em 2029.
A primeira parte realmente visível do projeto deve ser a mudança no perfil da Estrada dos Garcias, até então uma estrada rural, que passará a se chamar ERS-710, ligando o município a Guaíba, onde a CMPC já opera a sua primeira fábrica.
Desde o anúncio do projeto, já foram investidos na cidade R$ 19 milhões em estudos de solo, ambientais, de engenharia e levantamentos topográficos e batimétricos. Até 2026, ainda em estudos, a estimativa da multinacional é chegar a R$ 88,4 milhões.
De acordo com o prefeito, o momento da rodovia é de preparação e licenciamentos de áreas que passarão por propriedades rurais da região. A pavimentação terá duas pistas com acostamentos dos dois lados, em um total de 11 metros de largura, com obras a serem iniciadas ainda neste ano.
A estrada será o principal acesso à futura fábrica, com projeção de que 40% do tráfego seja composto por caminhões com madeira.

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