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Publicada em 21 de Outubro de 2025 às 19:11

Instituto Federal Farroupilha prepara novo campus nas Missões

São Luiz Gonzaga será a sede do novo campus, que iniciará as atividades em 2026

São Luiz Gonzaga será a sede do novo campus, que iniciará as atividades em 2026

LARISSA BURCHARD/DIVULGAÇÃO/JC
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Ana Stobbe
Ana Stobbe Repórter
Com seis campi espalhados na Macrorregião Norte, o Instituto Federal Farroupilha (IFFar) está sendo expandido para mais uma sede: em São Luiz Gonzaga, na Região das Missões. As obras, que contaram com um investimento de R$ 15 milhões, já iniciaram no terreno do antigo Parque Centenário, cedido pela prefeitura. Outros R$ 10 milhões estão sendo destinados para a compra de mobiliário e equipamentos.
Com seis campi espalhados na Macrorregião Norte, o Instituto Federal Farroupilha (IFFar) está sendo expandido para mais uma sede: em São Luiz Gonzaga, na Região das Missões. As obras, que contaram com um investimento de R$ 15 milhões, já iniciaram no terreno do antigo Parque Centenário, cedido pela prefeitura. Outros R$ 10 milhões estão sendo destinados para a compra de mobiliário e equipamentos.
Paralelamente, foi adquirido, pela prefeitura de São Luiz Gonzaga, o prédio de uma escola cenecista que encerrou as atividades no município. O edifício foi cedido ao IFFar em um termo de cooperação por cinco anos. Assim, a instituição poderá iniciar suas atividades na cidade já em 2026, atuando provisoriamente no local. Entre fevereiro e março, a obra deverá estar finalizada, sendo inaugurada a sede oficial. 
Os cursos serão voltados a três eixos: comunicação e informação; meio ambiente e saúde; e infraestrutura. A escolha foi realizada em consulta com a comunidade buscando atender às necessidades regionais. A partir da abertura, é esperado que seja ampliado o catálogo de ofertas seguindo as demandas locais observadas.
As escolhas, aliás, devem ser focadas em complementar a oferta de cursos já estabelecidos na cidade, que conta com um campus da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) e outro da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), e de municípios próximos.
"A ideia é que possamos trazer outros elementos não contemplados por essas instituições enquanto potencializamos as ofertas em São Luiz Gonzaga. A gente não pauta a questão de competição, mas o fortalecimento de uma rede de educação, de pesquisa, de inovação, de extensão, que possa fortalecer toda a região", destaca a reitora do IFFar, Nídia Heringer.
Obras na área do antigo Parque Centenária, cedida pela prefeitura, já iniciaram | Assessoria de Comunicação/IFFar/Divulgação/JC
Obras na área do antigo Parque Centenária, cedida pela prefeitura, já iniciaram Assessoria de Comunicação/IFFar/Divulgação/JC
Ela exemplifica, ainda, que em áreas comuns pode haver complementação das atividades a partir de ações conjuntas, seja pela estrutura multicampi do IFFar ou junto a outras instituições de ensino superior. "São Borja (na Fronteira Oeste), está relativamente próxima e trabalha a questão do turismo e da gastronomia, por isso, pensamos em fazer cursos de curta duração, com formação inicial e continuada (como complementação). Em Santo Ângelo (também nas Missões), temos feito projetos de extensão com questões de saúde e agricultura. A ideia é gerar capilaridade de professores, técnicos e especialistas para termos cursos regulares que vão perdurar", acrescenta Nídia.
A escolha por instalar-se em São Luiz Gonzaga, conforme a reitora, foi realizada a partir de audiências públicas na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. O município trouxe a oferta de contrapartidas mais agilmente que os demais concorrentes à instalação da instituição. A definição ainda levou em consideração a celebração de 400 anos das Missões Jesuíticas, que ocorre em 2026, e a possibilidade de desenvolver a região a partir de áreas como turismo, gastronomia e resgate histórico.
"Nessa região, próxima da fronteira, temos um déficit de formação e educação pública de nível técnico e profissional, que é histórico. Então, olhamos para os municípios de lá em busca de uma cidade-polo, para onde converge um grande número de transporte público e que seja um centro de serviços. E entendemos que São Luiz Gonzaga seria um município catalisador de outros ali no entorno", explica Nídia.
A reitora ressalta, ainda, o papel dos institutos federais no desenvolvimento regional. "A ideia é interiorizar a educação no Estado. E, mesmo nos grandes centros, são os IFs que levam a oferta de cursos para as periferias e lugares em que, historicamente, têm uma menor intencionalidade de oferta de instituições privadas, por exemplo."

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