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É impossível falar na produção metalúrgica sem falar do empresário Antônio Roso. E em julho deste ano, ele anunciou seu mais novo empreendimento neste setor. Com um investimento de R$ 50 milhões e previsão de gerar 150 novos postos de trabalho, ele ativará à beira da RS-324, em Passo Fundo, a produção da PAR Soluções Agrícolas, especializada em estruturas em metal para armazenamento de produtos agrícolas, na área onde, até 2016, funcionou a metalúrgica Manitowoc.
Em um comunicado à Câmara de Vereadores local, Roso apontou que 70% da matéria-prima e 90% dos serviços necessários na indústria serão fornecidos por empresas da região. Um ecossistema que Antônio Roso ajudou a criar.
Em 1975, seguindo o conselho do pai, um produtor de madeira e erva-mate na zona rural, de que um dia a madeira iria acabar e que o negócio do futuro seria o aço, ele fundou, ao lado do irmão, Ari, e de um grupo de outros empresários locais, a Metasa, então chamada Metalúrgica Arcovila, em Marau, a pouco mais de 30 quilômetros de Passo Fundo, às margens da mesma RS-324.
"Somos uma empresa que formou e qualificou a mão de obra em Marau, e temos uma consciência muito clara da importância de desenvolver a região onde estamos. No bairro próximo à fábrica, são comuns famílias inteiras que ainda trabalham ou que já trabalharam e agora têm herdeiros trabalhando na fábrica. E temos ainda muitos parceiros que eram funcionários da empresa, se qualificaram, empreenderam na região e hoje são nossos fornecedores", conta a superintendente da empresa Cristhine Roso.
Atualmente, a partir do bairro São José Operário, onde fica a matriz da Metasa, há 15 empresas em Marau e nos municípios de toda a região, que fornecem para a sua produção de estruturas metálicas para grandes obras. A empresa também tem uma operação em Charqueadas, mas 90% da sua produção segue concentrada em Marau.
A história da empresa começou com apenas 16 funcionários, e entre as décadas de 1980 e 1990, no seu portfólio de obras estão as ampliações do Polo Petroquímico de Triunfo, do Shopping Iguatemi e do Mercado Público de Porto Alegre. Mas há marcas também na região, com a estruturação de toda a planta industrial da Be8.
A Metasa chegou a contar com uma unidade agrícola, com as fabricações de silos e maquinário, mas já não opera nesta área. A planta segue ativa e ainda mais desenvolvida, com a multinacional Kuhn, em Passo Fundo. "Temos direcionado a nossa produção especialmente a projetos de construção de plantas para mineradoras, especialmente nos demais países da América Latina, com uma capacidade atual de produção de 2,5 mil toneladas de metais por mês", diz a superintendente.
A perspectiva é, a partir de 2024, com um investimento de R$ 20 milhões na compra de uma das maiores máquinas de corte a laser da América Latina, recebida na indústria em setembro, aumentar a capacidade produtiva para até 3 mil toneladas de estruturas metálicas por mês.
A empresa fechou 2022 com faturamento de R$ 400 milhões, e a projeção é chegar a R$ 420 milhões neste ano. Representa cerca de 20% da arrecadação de Marau que, em 2020, tinha o 7º maior PIB e o 7º Valor Adicionado Bruto Industrial das regiões retratadas neste capítulo do Mapa Econômico do RS. O município também está entre os 10 maiores VABs no setor de Serviços nessas regiões.