Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Barão teve início na década de 1950, com produção de erva artesanal

Barão teve início na década de 1950, com produção de erva artesanal


/Barão/Divulgação/JC
De 2022 a agosto deste ano, o município de Barão de Cotegipe, com população de 7,1 mil habitantes e um PIB superior a R$ 263 milhões, respondeu por R$ 52 milhões das exportações gaúchas. O produto responsável por este bom resultado é um dos símbolos gaúchos: a erva-mate.
Essa história começou ainda antes de Barão de Cotegipe se tornar município. No início da década de 1950, quando o casal Etelvino e Ilma Picolo deu início à produção e venda de erva-mate artesanal, a localidade ainda se chamava Volta Grande, e era parte de Erechim. Da marca Picolo - hoje um dos principais rótulos da empresa - à nacionalmente conhecida Erva-Mate Barão, a indústria hoje produz 300 toneladas por ano e, além da fábrica em Barão de Cotegipe, tem filial em Machadinho, totalizando um parque industrial de 30 mil metros quadrados.
De acordo com a empresa, 40% da produção têm como destino a exportação. E 96% dela, comercializada para o Uruguai, mas a erva-mate que sai de Barão de Cotegipe já chega a 15 países.
Apesar de estarem marcadas pela origem do cultivo da erva-mate no Rio Grande do Sul, as regiões das Missões, Norte e Nordeste do Estado não são predominantes no cultivo da erva. Ainda assim, entre Palmeira das Missões, Fontoura Xavier, Barão de Cotegipe, Áurea e Viadutos, que figuram entre os 10 municípios com maior produção de erva-mate no Estado, são produzidos em torno de 20% do que é industrializado em solo gaúcho.
A industrialização nessas regiões difere-se pela inovação. Foi assim em 1980, quando a Barão implantou, além do secador rotativo industrial, um processo até então inédito para sapecar e secar a erva, refinando e dando a cor verde ao produto.
A produção da erva-mate gaúcha é caracterizada pelas propriedades familiares, tradição que se reflete na indústria. O sobrenome Picolo também está presente na Erva-Mate Cristalina, de Erechim, criada na década de 1970. Relação semelhante aconteceu a partir de Santa Rosa. Foi lá que Jacob Vier, em 1945, criou a ervateira artesanal, inicialmente vendida em bolsas de estopa, que deu origem à Erva-Mate Vier.