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Mapa Econômico do RS

- Publicada em 28 de Novembro de 2023 às 10:08

Laboratórios do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro e Calçado preparam novidades

Espaço de inovação do IBTEC em Novo Hamburgo contempla mais de 600 empresas do setor

Espaço de inovação do IBTEC em Novo Hamburgo contempla mais de 600 empresas do setor


/IBTEC/DIVULGAÇÃO/JC
Depois de dois anos de desenvolvimento, chegou às feiras de calçados e às lojas de uma fabricante de calçados infantis um robô que usa a inteligência artificial para mapear todas as características da criança. Ela sobe em uma plataforma, que cria o calçado ideal para aqueles pés.
Foi um dos projetos desenvolvidos dentro dos laboratórios do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (Ibtec), criado há quase 50 anos e que garante, em Novo Hamburgo, um espaço específico para as mais de 600 empresas do setor testarem produtos, materiais e desenvolverem novas tecnologias. São 1,5 mil metros quadrados de laboratórios disponíveis para a indústria calçadista.
"Mesmo com parte da cadeia de produção tendo migrado para outras regiões nos últimos anos, o desenvolvimento e a testagem de produtos continua aqui. É o reconhecimento da excelência que se desenvolveu no Vale do Sinos. O instituto é resultado da percepção do setor de que, coletivamente, era preciso qualificar o produto de maneira atestada para chegarmos aos principais mercados internacionais. Houve vantagem para todo o setor", explica o presidente executivo do Ibtec, Valdir Soldi.
 
São mais de mil equipamentos disponíveis para que as empresas desenvolvam seus produtos e tenham um campo de testes controlado antes de chegar ao mercado.
 
Foi a partir do laboratório de biomecânica do Ibtec, por exemplo, que a tecnologia comfortflex da Ramarim foi desenvolvida e gerou uma das mais bem sucedidas linhas de calçados da empresa do Vale do Sinos. Com o aumento das exigências sustentáveis no setor, por exemplo, o Ibtec tem desenvolvido uma série de pesquisas sobre a biodegradabilidade e a possibilidade de reaproveitamento das matérias-primas de tênis e sapatos.
 
"É comum as empresas apresentarem para nós alguns desafios, o que precisam criar, e o técnico avalia os materiais e os testes mais necessários para chegar ao resultado esperado. Mais recentemente, temos trazido para dentro da nossa estrutura algumas startups que são fundamentais na busca de soluções aos desafios propostos pela indústria", aponta Soldi.
 
A importância da estrutura é tamanha que, nos últimos dez anos, foram investidos R$ 20 milhões no aprimoramento dos laboratórios. Em 2013, havia 40 pessoas trabalhando no Ibtec. Hoje, são 120, além de 15 consultores que atuam em todo o País.