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Publicada em 21 de Julho de 2025 às 00:25

Produção de bebidas atrai investimentos no pós-cheia

Fruki inicia em agosto um segundo ciclo de investimentos de R$ 110 milhões na cidade de Paverama

Fruki inicia em agosto um segundo ciclo de investimentos de R$ 110 milhões na cidade de Paverama

/TÂNIA MEINERZ/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
Logística é fator fundamental para qualquer setor produtivo. Mas, quando se trata de alimentos e bebidas, este item é ainda mais essencial. E a cheia de 2024, que deixou a Região Metropolitana ilhada, escancarou os gargalos da logística gaúcha.
Logística é fator fundamental para qualquer setor produtivo. Mas, quando se trata de alimentos e bebidas, este item é ainda mais essencial. E a cheia de 2024, que deixou a Região Metropolitana ilhada, escancarou os gargalos da logística gaúcha.
Desde então, a faixa central do Estado, que foi tábua de salvação para garantir a manutenção das produções e distribuições de bebidas, que vão da água mineral aos refrigerantes e cervejas, têm atraído investimentos significativos para fortalecer a cadeia produtiva, com vistas também ao avanço para o mercado de Santa Catarina.
O caso mais emblemático é o da Coca-Cola. A fábrica de Porto Alegre só retomou a produção plena neste ano. Desde a cheia, a solução encontrada pela Femsa foi a planta industrial em Santa Maria.
A importância deste eixo foi tamanha que a empresa já anunciou investimentos de R$ 200 milhões para ampliação da produção na cidade da Região Central, assim como na sua planta na Capital, nos próximos cinco anos.
Conforme o Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul, no eixo entre Santa Maria, Santa Cruz do Sul e Lajeado, são pelo menos 50 empresa do setor de bebidas - 10% do total do Rio Grande do Sul, que tem a Serra e a Região Metropolitana como fortes polos produtores - e Santa Maria é o terceiro maior empregador do setor. O Estado é o terceiro no ranking nacional do setor de bebidas, com 13% dos estabelecimentos e 8% do mercado consumidor brasileiro. Somente entre as participantes do Arranjo Produtivo Local (APL) de Alimentos e Bebidas do Vale do Taquari, são oito empresas do setor.
É o caso da Fruki, uma das indústrias idealizadoras do APL, que escolheu Paverama para um arrojado avanço. Com a sede em Lajeado, depois de iniciada a produção na sua segunda fábrica em Paverama, no final de 2023, a empresa inicia em agosto um segundo ciclo de investimentos, com R$ 110 milhões, para expandir o seu potencial em mais de 200 milhões de litros de bebidas ao ano, o dobro da atual capacidade do complexo em Paverama.
Chegará a 420 milhões de litros por ano, semelhante ao que já é operado em Lajeado. Além do próprio avanço no mercado, há possibilidade futura, como argumentou no último ano a diretora-presidente da Fruki, Aline Eggers Bagatini, de produção para terceiros.
O crescimento em Paverama não se limita à produção de bebidas. A nova planta, atualmente, produz cerca de 50 mil garrafas PET de 500 ml por hora e vai dobrar essa capacidade. Somente no primeiro trimestre deste ano, a empresa registrou um crescimento de 53% no volume de vendas e, no faturamento, um incremento de 52%. Resultado, de acordo com Aline, da construção de uma marca ao longo dos anos. Em 2024, a empresa teve os maiores índices de vendas e faturamento com um século de atuação.
A Fruki hoje está consolidada nos mercados gaúcho e catarinense, e nos planos futuros, ainda sem metas concretas, deve avançar a outros mercados brasileiros e ao Mercosul. Se o refrigerante da marca Fruki é aquele que mais aparece na lembrança do consumidor, o crescimento da empresa está diretamente vinculado às produções de água mineral, sucos e água saborizada.
É no ramo de água mineral que a também tradicional Schuck Bebidas, de Santa Cruz do Sul, completa um ciclo de R$ 8 milhões de investimento na sua produção. A empresa consolida a sua marca de água além do Mampituba, no mercado de Santa Catarina.

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