No aguardo do registro da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Folhito planeja distribuir biometano para a substituição de combustíveis a diesel na região do Vale do Taquari. “Estamos vencendo algumas questões burocráticas e enxergamos que o mercado está tendo uma aceitação muito grande do biometano e entendemos que é um combustível que sem dúvida nenhuma vai participar da matriz energética do Brasil”, explica o diretor da empresa, Fernando Lanius.
Hoje, a empresa já produz 3 mil metros cúbicos de biometano por dia para abastecimento próprio. Com os imbróglios burocráticos superados para a autorização de comercialização, a capacidade poderá ser ampliada em até seis vezes, chegando a 18 mil metros cúbicos diários e consumindo aproximadamente 600 toneladas de resíduos ao dia.
Como matéria-prima, são utilizados resíduos de agroindústrias da região, como frigoríficos de aves e suínos, indústrias de laticínios e de segmentos cujos resíduos orgânicos possam ser aproveitados. “O benefício primordial do nosso negócio é que tratamos um volume de carga orgânica proporcional à produzida”, celebra Lanius, que também afirma que o uso do combustível gera uma pegada de carbono menor do que a deixada por veículos movidos a diesel.
A planta já recebeu um investimento de R$ 60 milhões e outro aporte R$ 24 milhões está previsto para a sua próxima fase, na qual está prevista uma expansão da estrutura atual. Para isso, é aguardada a liberação de uma outra licença, desta vez da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).