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MAPA ECONÔMICO DO RS

- Publicada em 01 de Dezembro de 2023 às 16:24

Mapa Econômico do RS aponta oportunidades para as regiões Central do RS, Vales e Jacuí

Com indústria fumageira forte, área central do Rio Grande do Sul também se destaca pela produção de erva-mate, exportação de soja, bebidas e alimentos (foto) fabricados na região

Com indústria fumageira forte, área central do Rio Grande do Sul também se destaca pela produção de erva-mate, exportação de soja, bebidas e alimentos (foto) fabricados na região


PATRíCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Conheça 14 iniciativas que já se destacam entre as atividades econômicas ou têm projetos com potencial de alavancar o desenvolvimento dessa parte do Rio Grande do Sul. Acesse a edição completa do Mapa Econômico do RS no site do Jornal do Comércio.
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1. UM POLO EXPORTADOR
Conforme o Ministério do Comércio Exterior, 30% das exportações gaúchas entre janeiro e junho foram de produtos do tabaco e da soja. Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires concentram as exportações de mais de 90% da produção fumageira gaúcha. Também entre os 10 maiores exportadores do Estado está Cruz Alta, ponto estratégico na logística da produção de soja do Alto Jacuí e Centro. Mas a região ainda tem outros três municípios entre os 40 maiores exportadores gaúchos: Não-Me-Toque, com máquinas e implementos agrícolas, Lajeado, com doces, e Encantando, com erva-mate.
2. INDÚSTRIA DE ALIMENTOS, DOCES E BEBIDAS
Com uma tradição especialmente doceira centenária, entre os vales do Taquari e Rio Pardo, a região criou um Arranjo Produtivo Local de Bebidas e Alimentos, com o objetivo de viabilizar oportunidades de investimentos no setor. Empresas da região como Docile, Florestal Alimentos, Fruki e Neugebauer estão entre as líderes no varejo regional e nacional nos setores de balas, chocolates e refrigerantes. Conforme levantamento da Fiergs, as indústrias de alimentos e bebidas geraram arrecadação de ICMS superior a R$ 1 bilhão em 2022 entre os Vales e o Centro do Rio Grande do Sul.
3. A PRODUÇÃO FUMAGEIRA
De acordo com a Afubra, 50% da produção de tabaco no Rio Grande do Sul está concentrada entre os vales do Rio Pardo e do Jaguari. Produção que resultou em 126,8 mil toneladas das folhas de tabaco na última safra, com um faturamento de R$ 2,3 bilhões somente nesta região. O processamento do tabaco também concentra-se na região. De acordo com o Sinditabaco, são pelo menos 13 indústrias instaladas entre Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul.
4. POTENCIAL DA SOJA
Da região do Alto Jacuí, chegando à região Central, o cultivo da soja em larga escala consolidou-se a partir do final da década de 1960, e resultou no estabelecimento de algumas das principais cooperativas do Rio Grande do Sul. Os cinco municípios com maiores áreas plantadas de soja na região estão dentro do Top 10 do Estado. Conforme dados consolidados do IBGE de 2021, somados, Tupanciretã, Cachoeira do Sul, Júlio de Castilhos, Cruz Alta e Santa Bárbara do Sul plantaram mais de 500 mil hectares do grão naquela safra.
5. FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS
A vocação da região para o plantio da soja atraiu empreendedores que transformaram, especialmente no Alto Jacuí, o trabalho no campo, que era manual, em uma atividade moderna. Não-Me-Toque é reconhecida como a capital da agricultura de precisão, graças ao parque industrial com pelo menos cinco grandes empresas produtoras de maquinário com tecnologia desenvolvida para aumentar a eficiência no campo. O resultado é visto na safra da região. Colorado, Ibirubá, Santa Bárbara do Sul, Saldanha Marinho e Não-Me-Toque, todos no Alto Jacuí, são os cinco primeiros municípios na classificação de eficiência na produção de safra no Rio Grande do Sul, acima de 4,2 toneladas por hectare.
6. TRADIÇÃO DA ERVA-MATE
Conforme o Ibramate, os vales do Rio Pardo e do Taquari respondem por 66% da produção de erva-mate do Rio Grande do Sul. Somente entre Arvorezinha e Ilópolis, os dois municípios com maior área plantada, está 44% da produção gaúcha. A importância da erva, recentemente reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Estado, é tamanha que pelo menos 15 mil famílias estão envolvidas neste cultivo. A ervamate brasileira é responsável por mais de 50% da oferta mundial do produto. Estão na região, também, conforme o número de associadas ao Sindimate, pelo menos 17 indústrias ervateiras.
7. PRODUÇÃO DE FRANGO, LEITE E SUÍNOS
Em uma região com vocação para a produção industrial de alimentos, o setor primário de proteína animal forma boa parte da base econômica local, e também enfrenta o desafio do mercado em crise. Está em Nova Bréscia, por exemplo, o maior volume de cabeças de frango do Estado. Em Cruz Alta, está centralizada a CCGL que, a partir do leite produzido na região, tem produtos como leite em pó entre os líderes do varejo regional. A região ainda tem produção de suínos, como na cooperativa Dália, em Encantado.
8. NOVIDADE DA NOZ-PECÃ
Está na faixa central do mapa do Estado o terreno mais fértil para o cultivo da noz-pecã. Cachoeira do Sul, por exemplo, passou a ter um perfil dos mais diversificados na produção rural gaúcha, e hoje, lidera os números deste plantio. O avanço das nozes em novos mercados, principalmente a China, desponta como uma oportunidade para mais investimentos no campo.
9. PORTOS, AEROPORTOS E FERROVIAS
A região tem dois aeroportos regionais – Santa Maria e Santa Cruz do Sul – com investimentos recentes dos governos municipais para ampliar rotas. A Malha Sul, do sistema ferroviário gaúcho, opera com metade dos trilhos que havia há pouco mais de 20 anos. Em Cruz Alta, Santa Maria e Lajeado estão alguns dos ramais em operação, no entanto, com baixíssima eficiência. Os rios Jacuí e Taquari poderiam ser vias para escoar a produção local, e há projetos para os portos em Estrela e Cachoeira, mas hoje não são opções para empresários locais. O Porto de Estrela tem importância histórica no Vale do Taquari, mas precisa de investimentos para que o transporte com contêineres seja viabilizado.
10. INVESTIMENTOS EM RODOVIAS
A faixa central do Rio Grande do Sul é favorecida pela multiplicidade de ramais logísticos, em contrapartida, também sofre pela ineficiência e falta de investimentos nestas alternativas. Essa realidade pode mudar com dois dos principais investimentos em duplicações de rodovias no Rio Grande do Sul, capitaneados pela CCR na BR-386, e pelo Grupo Sacyr na RSC-287. Mas há também desafios como a estrutura da BR-392, que é um importante eixo para escoar a produção.
11. A ENERGIA QUE VEM DAS ÁGUAS
Está na região um dos principais potenciais energéticos por hidrelétricas do Rio Grande do Sul. São 14 usinas que concentram 17% do potencial hidrelétrico do Estado. A maior potência é o Rio Jacuí. Entre três usinas (Itaúba, Jacuí e Dona Francisca), há 875,17 MW de potência. A usina de Itaúba, em Pinhal Grande, é a terceira maior do Rio Grande do Sul. A região concentra também novos projetos hidrelétricos, que representam novos investimentos em infraestrutura.
12. TURISMO PARA TODAS AS VERTENTES
O potencial turístico da região ganhou impulso recentemente com a certificação pela Unesco do Geoparque da Quarta Colônia, que reúne nove municípios da Região Central com valor geológico, histórico e natural com alto potencial turístico. Há grande oportunidade para investimentos em infraestrutura. Santa Maria, com crescente rede hoteleira, é uma referência neste novo roteiro. Assim como Santa Cruz do Sul e Lajeado, em relação aos roteiros culturais de turismo nos vales do Rio Pardo e do Taquari. E a região oferece ainda a opção do turismo religioso, com o Cristo Protetor, em Encantado.
13. UNIVERSIDADES E PESQUISA
As regiões Central e dos Vales reúnem importantes universidades, oferta de cursos superiores para a formação de mão de obra e pesquisa. Destaque para Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), mas a região também concentra outras importantes instituições de ensino superior, como Universidade do Vale do Taquari (Univates), Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Universidade de Cruz Alta (Unicruz), Universidade Franciscana (UFN) e Universidade Luterana do Brasil (Ulbra).
14. INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
Parques tecnológicos estão em eixos estratégicos e são protagonistas no desenvolvimento de produtos e na transformação da indústria. Em Santa Maria, existem três polos, com 80 incubadoras e outras 38 empresas instaladas. Em Lajeado, o TecnoVates é participante fundamental na concretização do Arranjo Produtivo Local de Alimentos e Bebidas e, em Santa Cruz do Sul, o TecnoUnisc tem sido pioneiro no desenvolvimento de novos produtos da indústria. Destaque ainda para o Polo de Modernização Tecnológica do Vale do Jaguari, da URI, em Santiago, e para a Agência Start, vinculada à Universidade de Cruz Alta.