Houve ampliação da área colhida de cevada, avançando significativamente no Alto Uruguai e Planalto Médio. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (31), a projeção de cultivo apontada pela Emater/RS-Ascar é de 34.429 hectares e a produtividade de 3.245 kg/ha. Os resultados são variáveis, mas a maior parte do produto em colheita deverá apresentar índices de germinação levemente abaixo de 95%, padrão mínimo exigido para a indústria cervejeira.
Já na região de Frederico Westphalen, onde cerca de 90% da cultura foi colhida, a produção está sendo comercializada para a indústria de malte. A expectativa atual de produtividade manteve-se em 2.700 kg/ha.
Na de Ijuí, a cultura encontra-se em plena colheita, finalizada em 55% da área, mas os rendimentos estão abaixo do esperado, variando entre 2.000 e 3.300 kg/ha. Na maior parte da região, o produto colhido apresenta índice de germinação entre 85% e 88%, considerado impróprio para maltaria, resultando na destinação do produto para a alimentação animal.
A colheita do trigo prosseguiu em ritmo acelerado, já que os produtores estenderam os turnos de trabalho, visando antecipar as chuvas previstas para 24/10, quando a operação foi temporariamente suspensa. Em áreas de topografia mais plana, a interrupção prolongou-se nos dias subsequentes devido à persistência da umidade excessiva no solo. A extensão colhida representa 48% da área cultivada. A área cultivada, conforme dados da Emater/RS-Ascar, é de 1.312.488 hectares, e a produtividade prevista permanece em 3.100 kg/ha.
As lavouras em colheita, localizadas no Planalto e Alto Uruguai, apresentam condições mais adequadas e maior proporção de grãos com qualidade dentro do padrão comercial. Já nas regiões Central, Fronteira Oeste, Noroeste e Planalto Médio, a qualidade do produto colhido está abaixo do desejado.
O período foi de intensificação da semeadura da soja, que se expandiu de 3% para 10% da área projetada para a Safra 2024/2025, estimada em 6.811.344 hectares, com uma produtividade média em 3.179 kg/ha. A evolução se deu especialmente nas grandes propriedades e em áreas onde não há trigo para colher nem arroz para semear.
A Emater/RS-Ascar continua orientando os sojicultores a se atentarem para o ciclo de maturação das cultivares a serem utilizadas e para a classificação dos solos conforme a água disponível, para realizar a semeadura. Essas medidas servem para garantir que os plantios sejam efetuados dentro da janela preferencial ou de menor risco, conforme as diretrizes do Proagro, e assim atender às exigências para a cobertura de eventuais prejuízos futuros.