Porto Alegre, sex, 11/04/25

Publicada em 16 de Outubro de 2024 às 18:58

Fóssil de dinossauro é descoberto em Paraíso do Sul

Material foi avaliado por equipe da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Material foi avaliado por equipe da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Janaína Brand Dillmann/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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O surgimento dos dinossauros foi um dos processos evolutivos mais importantes da história da vida na Terra, uma vez que esses répteis dominaram os ecossistemas terrestres por mais de 150 milhões de anos. Entretanto, a ascensão dos dinossauros ainda é um tema muito desafiador de se investigar, especialmente pela escassez de fósseis de seus precursores. Ao longo dos últimos anos, foram reportados achados desse tipo para camadas fossilíferas com aproximadamente 237 milhões de anos no Brasil.
O surgimento dos dinossauros foi um dos processos evolutivos mais importantes da história da vida na Terra, uma vez que esses répteis dominaram os ecossistemas terrestres por mais de 150 milhões de anos. Entretanto, a ascensão dos dinossauros ainda é um tema muito desafiador de se investigar, especialmente pela escassez de fósseis de seus precursores. Ao longo dos últimos anos, foram reportados achados desse tipo para camadas fossilíferas com aproximadamente 237 milhões de anos no Brasil.
Contudo, esses fósseis são usualmente fragmentários e pouco informativos. Uma adição a esse cenário se deu agora com a descrição de uma nova espécie chamada de Gondwanax paraisensis. Os fósseis da nova espécie foram descobertos no município de Paraíso do Sul, região central do Rio Grande do Sul, por um morador chamado Pedro Lucas Porcela Aurélio. Depois de recolhidos, os materiais foram doados para o Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Universidade Federal de Santa Maria em janeiro deste ano.
 
Durante a triagem dos fósseis, o paleontólogo Rodrigo Temp Müller notou alguns elementos com características interessantes. O paleontólogo levou os materiais para o laboratório e iniciou um minucioso trabalho de preparação, com uso de ácido e marteletes pneumáticos. Após dias de trabalho, parte do esqueleto de um réptil até então desconhecido foi finalmente revelada. O estudo que apresenta o novo fóssil foi conduzido por Müller e publicado no periódico científico Gondwana Research.
Os detalhes do esqueleto fossilizado sugerem que o material pertence a um animal da linhagem dos dinossauros, podendo ser um dinossauro propriamente dito ou um parente muito próximo. Com aproximadamente 237 milhões de anos, esse é um dos fósseis mais antigos dessa linhagem já descobertos. "As descobertas da última década nos permitiram reconstruir completamente o esqueleto dos primeiros dinossauros. Agora, enfrentamos um desafio ainda maior: entender a anatomia das formas que existiram antes desses dinossauros. Felizmente, novos achados, como o Gondwanax paraisensis, têm nos ajudado a resolver essa questão."
A descoberta do novo fóssil em rochas destaca a importância do Brasil no cenário internacional do estudo da origem dos dinossauros. Enquanto há cerca de 10 anos os fósseis de dinossauros eram comemorados com enorme entusiasmo pelos paleontólogos que realizavam escavações no Rio Grande do Sul, hoje eles se tornaram mais abundantes, levando os pesquisadores a buscar vestígios ainda mais antigos. O achado demonstra que, além de preservar alguns dos dinossauros do mundo, o Brasil também abriga fósseis dos répteis que marcaram o início da história evolutiva dos dinossauros, revelando detalhes até então desconhecidos dessa trajetória que transformou os ecossistemas terrestres durante a Era Mesozoica.
 

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