A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) anunciou que está instalando placas para indicar a redução no limite de velocidade máxima, de 80 km/h para 60 km/h, em trechos mais críticos da ERS-239, no trecho entre o Vale do Sinos e o Vale do Paranhana. A alteração foi realizada no segmento do quilômetro 25 ao 28, em Sapiranga, e no quilômetro 22, em Campo Bom. Os trechos escolhidos foram escolhidos por conta dos acidentes, de acordo 3º Batalhão Rodoviário da Brigada Militar.
A rodovia estadual teve um aumento expressivo no número de acidentes fatais em 2024. Conforme dados do 3º Batalhão Rodoviário, responsável pelo monitoramento do trecho, até outubro deste ano foram 17 vidas perdidas. Para se ter uma ideia, em todo o ano de 2023, foram 10 acidentes com óbitos, de acordo com o major Diego Caetano de Souza. Também até a metade de outubro neste ano foram 65 sinistros com danos materiais, 175 com lesões. E, em 2023, foram 73 com danos materiais e 167 com lesões.
O principal motivo do acréscimo dos sinistros e fatalidades, na avaliação do major, é o excesso de velocidade. "Após as enchentes de maio, em junho, julho e anos nós tivemos três acidentes por mês. A alta velocidade e pedestres atravessando fora da passarela são as principais causas. Para se ter uma ideia tem veículos onde a velocidade máxima é 80 km/h há veículos flagrados pelos radar a 140 km/h", comenta Caetano.
Ele também conta que desde setembro foi reforçado o efetivo de policiais, inclusive com unidades de outros municípios, como, Santa Maria, Bagé e Porto Alegre, a fim de aumentar o policiamento preventivo e as fiscalizações ao longo dos trechos. "Entre agosto e setembro, tivemos 38 acidentes no total, sendo 29 com lesões corporais, oito com danos materiais e uma morte registrada. Após a nossa intervenção do dia 15 de setembro, foram 16 acidentes, sendo 11 com lesão corporal e cinco com dano material, mas sem óbitos", afirma, ao explicar a redução.
De acordo com a EGR, foram instaladas 48 placas para incentivar a condução do veículo com maior cautela por parte dos usuários e evitar a ocorrência de acidentes no local. Nestes trechos, as equipes reforçam a sinalização horizontal com melhorias na pintura do pavimento para garantir a segurança dos usuários e transmitir informações visuais assertivas para coibir a imprudência.
Outra medida é a implantação de um controlador eletrônico de velocidade no quilômetro 14,8, nas imediações da rua Bento Gonçalves e Germano Friedrich, em Novo Hamburgo, para limitar a velocidade dos veículos - uma das principais causas de acidentes na rodovia.
Além disso, a construção de passarelas, bem como de outros dispositivos, está sendo estudada pela EGR, de acordo com a empresa. Há três passarelas localizadas em pontos estratégicos da ERS-239 - duas em Sapiranga, nos quilômetros 26 e 29,5 e uma em Parobé, no quilômetro 47,5. A rodovia conta com 13 dispositivos eletrônicos de controle de velocidade e quatro faixas elevadas para travessia de pedestres em Rolante nos quilômetros 73,5, 75, 75,9 e 81.
Também, até o final de outubro, a EGR iniciará uma campanha de conscientização, atingindo diretamente o motorista que trafega na rodovia. Haverá a entrega de material informativo aos condutores na praça de pedágio de Campo Bom e a exibição da campanha nos painéis digitais do pedágio.
Prefeitos reclamam sobre a segurança; estrada pode ser privatizada pelo governo estadual

Em Sapiranga, passarelas foram instaladas após insistência da prefeitura
EGR/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Os acessos aos municípios localizados ao longo da ERS-239 e a duplicação da rodovia entre Taquara e Rolante foram temas de audiência pública da Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (15). O encontro, solicitado pelo presidente do colegiado, deputado Joel Wilhelm (PP), foi motivado pelo número de acidentes na estrada, considerado "assustador" pelo parlamentar.
A estrada é administrada pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e está na mira da nova leva de privatizações do governo do Estado. Ela liga o município de Portão à localidade de Barra do Ouro, em Maquiné, e cruza os municípios de Estância Velha, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Araricá, Nova Hartz, Parobé, Taquara, Rolante e Riozinho. Por ela, circulam cerca de oito milhões de veículos por ano, garantindo uma receita oriunda do pedágio de R$ 27 milhões.
Prefeitos, vereadores representantes de entidades empresariais concordam. A prefeita de Sapiranga, Carina Nath, que pleiteia mais segurança para os moradores, contou que a cidade ganhou duas passarelas depois de solicitar a melhoria por duas décadas. Ela relatou que as quatro pistas da rodovia que cortam o município tornam a travessia "extremamente perigosa" para os moradores.
A estrada é administrada pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e está na mira da nova leva de privatizações do governo do Estado. Ela liga o município de Portão à localidade de Barra do Ouro, em Maquiné, e cruza os municípios de Estância Velha, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Araricá, Nova Hartz, Parobé, Taquara, Rolante e Riozinho. Por ela, circulam cerca de oito milhões de veículos por ano, garantindo uma receita oriunda do pedágio de R$ 27 milhões.
Prefeitos, vereadores representantes de entidades empresariais concordam. A prefeita de Sapiranga, Carina Nath, que pleiteia mais segurança para os moradores, contou que a cidade ganhou duas passarelas depois de solicitar a melhoria por duas décadas. Ela relatou que as quatro pistas da rodovia que cortam o município tornam a travessia "extremamente perigosa" para os moradores.
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O prefeito de Araricá, Flávio Luiz Foz, afirmou que os municípios mudaram e a região evoluiu, mas a rodovia não está acompanhando o progresso. "O governo precisa olhar para isso. Se o modelo da EGR não dá conta, precisamos mudar o modelo", apontou.
Os principais ponto de risco são locais em Araricá, Nova Hartz, Novo Hamburgo (próximo à Feevale) e Campo Bom (próximo à PRF) em que o acesso às cidades não conta com viadutos. Além disso, Joel Wilhelm (PP) sustentou que é preciso construir passarelas ao longo da estrada e melhorar a sinalização.
O prefeito de Araricá, Flávio Luiz Foz, afirmou que os municípios mudaram e a região evoluiu, mas a rodovia não está acompanhando o progresso. "O governo precisa olhar para isso. Se o modelo da EGR não dá conta, precisamos mudar o modelo", apontou.
Os principais ponto de risco são locais em Araricá, Nova Hartz, Novo Hamburgo (próximo à Feevale) e Campo Bom (próximo à PRF) em que o acesso às cidades não conta com viadutos. Além disso, Joel Wilhelm (PP) sustentou que é preciso construir passarelas ao longo da estrada e melhorar a sinalização.