Porto Alegre,

Publicada em 03 de Setembro de 2024 às 00:30

Projeto da UCS com resíduos sólidos avança para a fase 2

Em reunião, universidade anunciou que vai implementar unidade de geração de energia em aterro sanitário

Em reunião, universidade anunciou que vai implementar unidade de geração de energia em aterro sanitário

/Bruno Zulian/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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jornal cidades
A Universidade de Caxias do Sul (UCS) e a prefeitura firmaram, nesta segunda-feira (2), acordo para o início da fase 2 do projeto Resíduos Serra - RS UP. O contrato prevê a instalação de uma unidade teste de geração de energia e produtos de valor agregado a partir de resíduos sólidos urbanos junto ao aterro sanitário Rincão das Flores, na localidade de Apanhador, por meio do processo de pirólise (decomposição térmica na ausência ou deficiência de oxigênio). Também demanda o acompanhamento dos processos de licenciamento ambiental (Licença Prévia e Licença de Instalação) junto à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
A Universidade de Caxias do Sul (UCS) e a prefeitura firmaram, nesta segunda-feira (2), acordo para o início da fase 2 do projeto Resíduos Serra - RS UP. O contrato prevê a instalação de uma unidade teste de geração de energia e produtos de valor agregado a partir de resíduos sólidos urbanos junto ao aterro sanitário Rincão das Flores, na localidade de Apanhador, por meio do processo de pirólise (decomposição térmica na ausência ou deficiência de oxigênio). Também demanda o acompanhamento dos processos de licenciamento ambiental (Licença Prévia e Licença de Instalação) junto à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
O projeto de transformação de resíduos sólidos em combustível e/ou fertilizante, desenvolvido pela UCS desde 2021, é inédito no Rio Grande do Sul e teve sua primeira fase concluída em março de 2023, da qual participaram 32 cidades. A adesão de Caxias do Sul a essa segunda etapa garante sua continuidade, uma vez que, a partir do contrato assinado, a principal cidade da Serra sede agora espaço físico para a instalação da usina teste que terá capacidade de processar cinco toneladas de resíduos diariamente, beneficiando também outros municípios.
O projeto contempla o uso das rotas tecnológicas de pirólise e biodigestão para a produção de CHAR (resíduo rico em carbono, utilizado na indústria de borrachas e polímeros), óleo de pirólise, gás de síntese, biogás, fertilizantes e energia elétrica a partir da decomposição dos resíduos.
Até o momento, além de Caxias, já aderiram à segunda fase Gramado, Flores da Cunha, Serafina Corrêa, Paraí, Monte Belo do Sul e Vista Alegre do Prata. No entanto, é importante que mais prefeituras associem-se ao projeto, uma vez que seus benefícios e capacidade de alcance são grandes. "O Resíduos Serra desenvolve uma alternativa tecnológica sustentável, atendendo às características regionais para a geração de energia e produtos de valor agregado a partir de resíduos sólidos urbanos. Quanto mais cidades aderirem à proposta, maior será nossa contribuição para o meio ambiente. Trata-se de uma solução social, mais do comercial", observa o reitor da UCS, Gelson Leonardo Rech, destacando o potencial científico da Universidade no desenvolvimento da tecnologia em questão.
A terceira e última fase do projeto prevê a implantação de uma Unidade Regional de Geração de Energia e Produtos a Partir de Resíduos Sólidos com capacidade de atender a uma área de quase 12 milhões de metros quadrados e uma população de 1 milhão de pessoas - o que representa o processamento diário de 70 toneladas de resíduos sólidos.

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