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Publicada em 19 de Fevereiro de 2025 às 14:07

Símbolo do Porto de Rio Grande, casa-contêiner tem preço médio de R$ 38 mil

Uma casa tipo kitnet tem preço médio de R$ 38 mil em Rio Grande e pode ser concluída em até 50 dias

Uma casa tipo kitnet tem preço médio de R$ 38 mil em Rio Grande e pode ser concluída em até 50 dias

Tais Carolina/Especial/JC
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Tais Carolina
Tais Carolina Repórter
A reutilização de contêineres na construção civil tem se tornado uma alternativa viável para quem busca economia, agilidade e sustentabilidade. Em Rio Grande, onde o contêiner já faz parte do cotidiano portuário e industrial, uma empresa local tem apostado nesse modelo de construção, oferecendo casas que podem custar até 30% menos do que uma edificação tradicional.
A reutilização de contêineres na construção civil tem se tornado uma alternativa viável para quem busca economia, agilidade e sustentabilidade. Em Rio Grande, onde o contêiner já faz parte do cotidiano portuário e industrial, uma empresa local tem apostado nesse modelo de construção, oferecendo casas que podem custar até 30% menos do que uma edificação tradicional.
A LocVia392, comandada por Carlai Moraes Gonçalves, começou no setor realizando reparos em contêineres para o Tecon Rio Grande. Com o tempo, surgiu a demanda para adaptar essas estruturas em obras e, posteriormente, para construção de residências e escritórios. “Fui terceirizado por uma empresa de Porto Alegre, que nos repassava os projetos, e começamos a fabricar casas-contêineres. Hoje, seguimos nesse mercado”, conta Gonçalves.
 
Além da economia no custo final – uma casa tipo kitnet tem preço médio de R$ 38 mil - a construção com contêineres apresenta vantagens ambientais e estruturais. Diferente das obras convencionais, que geram grande volume de resíduos, esse tipo de edificação tem um impacto ambiental reduzido. “É uma obra limpa, sem entulhos, onde todos os materiais são reaproveitados. Além disso, é rápida: um contêiner de 12 metros pode ser concluído em até 50 dias”, explica o empresário.
Apesar da familiaridade da cidade com os contêineres, o uso residencial ainda não é massivo. A LocVia392 produz uma média de três unidades por mês, entre unidades residenciais e comerciais. Segundo Gonçalves, a maior procura na região tem sido para instalação de escritórios e comércios. No entanto, em outras cidades gaúchas, esse modelo habitacional está se popularizando. “Já enviamos casas-contêiner para Jaguarão, Soledade, Porto Alegre e Pelotas”, afirma.
Além da sustentabilidade e da agilidade na entrega, a durabilidade das casas é um atrativo. Construídas com aço corten, um material resistente à corrosão, as estruturas podem ter uma longa vida útil, desde que recebam manutenção periódica. “Se bem cuidada, uma casa-contêiner dura muitos anos”, destaca Gonçalves.
Com a busca crescente por soluções mais acessíveis e sustentáveis, a tendência das casas-contêiner segue ganhando espaço no mercado da construção civil. Em Rio Grande, essa alternativa já começa a transformar a paisagem urbana e a oferecer novas possibilidades para quem deseja construir de forma econômica e consciente.

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