Após um surto de dengue registrado no início de 2024, com 450 casos nos primeiros quatro meses do ano, Pelotas busca mobilização de agentes de saúde e estratégias para evitar que o cenário se repita em 2025. No ano passado, foram 1.078 notificações, 619 casos confirmados e um óbito, com o bairro Fragata concentrando quase 50% dos focos do mosquito Aedes aegypti.
Com base em mapeamentos realizados pela vigilância epidemiológica, o município lançou um plano estratégico que combina ações de controle biológico, mutirões de saúde e campanhas de conscientização. Uma das iniciativas recentes é a aquisição de mosquitos contaminados com a bactéria Wolbachia, que impede o Aedes aegypti de transmitir o vírus da dengue.
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“Identificamos as regiões mais críticas da cidade, como o Fragata, onde quase metade dos focos está concentrada. Mobilizamos esforços da vigilância epidemiológica, serviços urbanos e do Sanepe para atuar diretamente nesses pontos e estancar os focos de proliferação do mosquito,” explica o prefeito de Pelotas, Fernando Marroni.
Os mutirões incluem limpeza de terrenos baldios, recolhimento de lixo acumulado e intervenções urbanas em áreas de maior vulnerabilidade. Além disso, agentes de saúde visitam residências para fiscalizar e orientar a população sobre medidas preventivas.
Marroni salientou, em entrevista ao Jornal do Comércio, que a participação dos moradores é fundamental para o sucesso da campanha. Manter caixas d’água tampadas, eliminar recipientes que acumulem água parada e garantir a limpeza de calhas, ralos e lajes são atitudes simples, mas eficazes, para combater o mosquito. Segundo Marroni, o Aedes aegypti pode eclodir em apenas 48 a 72 horas após o contato com água acumulada. “É importante que a população receba os agentes de saúde, pois o trabalho conjunto é essencial para evitar outro surto,” reforça.
A administração municipal também intensificará a comunicação com os moradores, por meio de campanhas educativas em redes sociais, rádios locais e panfletos distribuídos nas áreas mais afetadas.