Se o Japão quiser seguir o antigo caminho do militarismo, abandonar seu compromisso com o desenvolvimento pacífico e minar a ordem internacional pós-guerra, ele acabará em fracasso, disse nesta sexta-feira (21) uma porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China.
O Japão exportou pela primeira vez mísseis de defesa aérea Patriot, produzidos domesticamente para os Estados Unidos, sob restrições flexibilizadas. Enquanto isso, o Partido Liberal Democrata do Japão iniciou discussões sobre a revisão de seus três principais documentos de segurança, incluindo os Três Princípios Não Nucleares de não possuir, não produzir e não permitir a introdução de armas nucleares em território japonês.
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Respondendo a perguntas relativas, a porta-voz Mao Ning disse em uma coletiva de imprensa regular que, após a vitória na Segunda Guerra Mundial, documentos legais internacionais como a Declaração do Cairo, a Proclamação de Potsdam e o Instrumento de Rendição do Japão, estipularam claramente as obrigações do Japão como país derrotado, incluindo o desarmamento completo e a proibição de manter indústrias que pudessem permitir o rearmamento.
No entanto, o Japão, da primeira-ministra, Sanae Takaichi, tem expandido constantemente seu poder militar nos últimos anos, com o orçamento de defesa tendo aumentado por 13 anos consecutivos, e um novo projeto de lei de segurança aprovado para suspender a proibição dos direitos de autodefesa coletiva, disse Mao, acrescentando que o Japão tem flexibilizado continuamente as restrições à exportação de armas e até iniciou a exportação de armas letais.
Enquanto afirma estabelecer um mundo livre de armas nucleares, o Japão tentou revisar os Três Princípios Não Nucleares, sinalizando um passo em direção a um maior rearmamento. Se o Japão quiser seguir o antigo caminho do militarismo, abandonar seu compromisso com o desenvolvimento pacífico e minar a ordem internacional pós-guerra, o povo chinês e a comunidade internacional não permitirão, e ele acabará em fracasso, disse Mao.