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Publicada em 18 de Novembro de 2025 às 19:51

Câmara aprova de forma quase unânime liberação de arquivos do caso Epstein

Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (18), por 427 votos a 1

Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (18), por 427 votos a 1

DANIEL HEUER/AFP/JC
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Agências
Em voto quase unânime, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (18), por 427 votos a 1, a liberação dos arquivos do Departamento de Justiça sobre Jeffrey Epstein, avançando em um assunto que tem sido uma pedra no sapato do presidente Donald Trump. Cinco parlamentares se abstiveram.
Em voto quase unânime, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (18), por 427 votos a 1, a liberação dos arquivos do Departamento de Justiça sobre Jeffrey Epstein, avançando em um assunto que tem sido uma pedra no sapato do presidente Donald Trump. Cinco parlamentares se abstiveram.
A aprovação, que precisava de maioria de dois terços para ser bem-sucedida, acontece dois dias após Trump abandonar sua oposição à medida. O texto exige a divulgação de todos os materiais não confidenciais sobre Epstein e agora vai ao Senado, onde deve enfrentrar resistência —as duas Casas do Congresso são atualmente controladas pelo Partido Republicano.
O único voto contrário foi do republicano Clay Higgins, deputado trumpista da Louisiana. Em publicação no X, Higgins explicou sua posição, dizendo que a lei "revela a identidade de milhares de inocentes, entre testemunhas, familiares, etc". "Se for aprovada da forma como está, uma revelação tão ampla de uma investigação criminal, liberada para uma mídia raivosa, irá resultar em pessoas inocentes sendo prejudicadas", afirmou o parlamentar.
O presidente americano, cujas relações com Epstein têm sido exploradas por críticos e apoiadores, há muito tempo alimenta teorias conspiratórias sobre o financista que cultivou muitos amigos ricos e poderosos —Epstein foi condenado por crimes sexuais na justiça estadual da Flórida e, preso por acusações semelhantes na esfera federal em 2019, morreu na prisão.
Desde que o republicano retornou ao poder, o assunto se tornou um raro ponto fraco para ele, em particular para alguns de seus apoiadores mais radicais, que têm se mostrado descontentes com declarações de Trump e atos do governo sobre o caso.
Uma pesquisa Reuters/Ipsos de outubro descobriu que apenas 4 em cada 10 republicanos aprovam a forma como Trump lida com o assunto, bem abaixo dos 9 em cada 10 que aprovam seu desempenho geral.
O republicano afirma que nunca teve nenhuma ligação com os supostos crimes de Epstein e tem se referido ao assunto como uma "farsa democrata", usada para desviar o foco do que seriam pontos positivos de seu governo e falhas da oposição.

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