A ex-presidente Cristina Kirchner voltou a se encontrar com a Justiça a partir desta quinta-feira (6) para enfrentar um novo julgamento por corrupção. O caso está relacionado a um conjunto de registros em cadernetas de um suposto esquema de propinas, no que ficou conhecido na Argentina como o caso "Cuadernos".
O julgamento começa por videoconferência, já que a ex-presidente cumpre prisão domiciliar após ter uma sentença de seis anos confirmada por uma outra causa de corrupção esta, relacionada a irregularidades na construção de rodovias no interior do país, conhecida como "Vialidad".
O caso "Cuadernos" está centrado na descoberta de oito cadernetas com anotações feitas por Oscar Centeno, ex-motorista de um funcionário do Ministério do Planejamento, que continham supostos pagamentos de propinas de empresários a funcionários do governo. Centeno disse à Justiça que a ex-presidente era parte do esquema.
As acusações contra Cristina incluem liderar uma associação ilícita e praticar suborno. Os crimes preveem penas de 1 a 10 anos de prisão. O novo julgamento acontece após a derrota dos peronistas nas eleições legislativas nacionais e encontra a ex-presidente e o movimento peronista em um momento de fragilidade, após o fim do governo de Alberto Fernández e a vitória de Milei, em 2023.
Folhapress