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Publicada em 04 de Novembro de 2025 às 12:25

Morre Dick Cheney, ex-vice-presidente dos EUA no governo Bush

Cheney foi um dos vice-presidentes mais poderosos da história dos EUA, estando no mandato de 2001 a 2009

Cheney foi um dos vice-presidentes mais poderosos da história dos EUA, estando no mandato de 2001 a 2009

Patrick T. FALLON/AFP/JC
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Agências
Morreu nesta terça-feira (04), aos 84 anos, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney. A informação foi confirmada pela família do político. Cheney faleceu após complicações de pneumonia e doenças cardíacas e vasculares.
Morreu nesta terça-feira (04), aos 84 anos, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney. A informação foi confirmada pela família do político. Cheney faleceu após complicações de pneumonia e doenças cardíacas e vasculares.
O empresário conviveu com problemas cardíacos durante grande parte da sua vida, tendo sofrido o primeiro ataque do coração aos 37 anos de idade. Em 2012, ele havia passado por um transplante do coração. O ex-vice-presidente também era frequentemente internado com dores no peito, mas os médicos costumavam dizer que seu quadro cardíaco era estável, apesar de exigir cuidados.
"Somos abençoados por termos amado e sido amados por este nobre gigante", disseram os familiares. "Dick Cheney foi um homem grandioso e bom que ensinou seus filhos e netos a amar nosso país e a viver vidas de coragem, honra, amor, bondade e pesca com mosca. Somos imensamente gratos por tudo o que Dick Cheney fez por nosso país", acrescentou a família no comunicado.
Dick Cheney foi vice-presidente de 2001 a 2009. O republicano, ex-congressista do Wyoming e ex-secretário de defesa, já era uma figura importante em Washington quando o então governador do Texas, George W. Bush, o escolheu para ser seu companheiro de chapa na eleição presidencial de 2000, em que venceram.
Cheney foi considerado por historiadores como um dos vice-presidentes mais poderosos da história dos EUA. Ele lutou vigorosamente pela expansão do poder da presidência, por acreditar que este vinha sendo corroído desde o escândalo de Watergate. Ele também ampliou a influência do gabinete do vice-presidente ao formar uma equipe de segurança nacional que frequentemente atuava como um centro de poder por si só dentro do governo.
O homem é conhecido ainda por ter sido uma figura central na invasão do Iraque pelos EUA em 2003. Ele se posicionou fortemente para alertar o governo Bush sobre o perigo apresentado pelo suposto arsenal de armas de destruição em massa do Iraque. Nenhuma dessas armas, no entanto, foi encontrada.
Anos mais tarde, ele ainda acreditava que a invasão foi "acertada". Embora nenhuma arma de destruição em massa tenha sido encontrada, ele insistiu, anos mais tarde, que a empreitada foi a decisão correta, com base nas informações de inteligência da época e na remoção do presidente iraquiano Saddam Hussein do poder.
Sua filha, Liz Cheney, de 59 anos, também se tornou uma influente legisladora republicana. Ela serviu na Câmara dos Representantes de 2017 a 2023, mas perdeu seu assento após se opor ao presidente republicano Donald Trump e votar pelo seu impeachment na sequência do ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 por seus apoiadores. Seu pai, que concordava com ela, disse que votaria na candidata democrata Kamala Harris em 2024.

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