Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 23 de Outubro de 2025 às 19:52

Trump ameaça Israel caso país anexe Cisjordânia ocupada

Republicano afirmou acreditar que a Arábia Saudita deve se juntar ainda neste ano aos Acordos de Abraão

Republicano afirmou acreditar que a Arábia Saudita deve se juntar ainda neste ano aos Acordos de Abraão

Jim WATSON/AFP/JC
Compartilhe:
Agências
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que Israel vai perder o apoio de Washington caso avance com a anexação da Cisjordânia ocupada. As declarações foram feitas no dia 15 de outubro e publicadas nesta quinta-feira pela revista americana Time.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que Israel vai perder o apoio de Washington caso avance com a anexação da Cisjordânia ocupada. As declarações foram feitas no dia 15 de outubro e publicadas nesta quinta-feira pela revista americana Time.
"Isso não vai acontecer. Não vai acontecer porque eu dei a minha palavra aos países árabes. E eles [israelenses] não podem fazer isso agora. Tivemos grande apoio árabe", disse Trump ao ser questionado sobre as consequências para Israel caso anexe o território. "Israel perderia todo o apoio dos EUA."
O republicano também afirmou acreditar que a Arábia Saudita deve se juntar ainda neste ano aos Acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre Israel e alguns países árabes. Segundo ele, os sauditas "tinham um problema com Gaza e outro com o Irã", mas que essas duas questões foram resolvidas.
Em sintonia com Trump, o vice-presidente americano, J. D. Vance, afirmou mais cedo, nesta quinta (23), que Israel não anexará formalmente a Cisjordânia, território palestino ocupado militarmente por Israel desde 1967. A declaração ocorreu um dia após o Knesset, o Parlamento israelense, ter aprovado de forma preliminar dois projetos de lei que abrem caminho para a anexação do território.
"Se foi uma manobra política, foi uma manobra política muito estúpida e eu, pessoalmente, me sinto um pouco ofendido", disse Vance ao encerrar sua visita a Israel. O vice de Trump viajou ao país na tentativa de salvar o acordo de paz entre Tel Aviv e o grupo terrorista Hamas, após dias de violações e bombardeios contra o território palestino. Ele reforçou que Trump não permitirá a anexação da Cisjordânia.
O ministro de Relações Exteriores, Gideon Saar, retrucou, afirmando que "Israel é um país livre, onde as pessoas podem falar o que pensam", mas depois afirmou que o país está comprometido com o plano de cessar-fogo. Por ora, acrescentou, o governo não apoiará o avanço dos projetos de lei.
 

Notícias relacionadas