A diretora do Louvre, Laurence des Cars, reconheceu nesta quarta-feira (22) a "terrível falha" na segurança do museu após o surpreendente roubo à luz do dia das Joias da Coroa francesa. Ela afirmou ainda que ofereceu sua renúncia do cargo - o que foi recusado pelo ministro da Cultura. Fechado desde o ocorrido, o museu reabriu pela manhã.
Em testemunho ao Senado francês, a diretora disse que o Louvre tinha uma prejudicial falta de câmeras de segurança e outras "fraquezas" expostas pelo roubo ocorrido no domingo, dia 19. "Hoje estamos vivendo uma terrível falha no Louvre, pela qual assumo minha parte da responsabilidade", disse ela.
Por que roubar o Louvre? Tem mais a ver com pedras preciosas do que com arte. A polícia continua as buscas pelo grupo de quatro criminosos que realizaram o roubo na galeria Apollo. As autoridades dizem que os ladrões passaram menos de quatro minutos dentro do Louvre no domingo pela manhã. Um elevador de carga foi movido para a fachada voltada para o Sena, uma janela foi forçada e duas vitrines foram quebradas.
A fuga foi realizada em motocicletas pelo centro de Paris. Os alarmes foram acionados, atraindo agentes para a galeria e forçando os ladrões a fugirem. As joias têm um valor estimado de € 88 milhões (cerca de R$ 550,2 milhões), segundo anunciado pela promotora Laure Beccuau na terça-feira.
"O curador do Louvre estimou os danos em € 88 milhões", uma quantia "extremamente impressionante", mas que "não é de forma alguma paralela ou comparável aos danos históricos", acrescentou a promotora à rádio RTL.