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Publicada em 17 de Outubro de 2025 às 09:06

Lula sai em defesa da Venezuela e diz que eles são 'os donos do próprio nariz'

Depoimento foi realizado no 16º Congresso do PCdoB, em Brasília

Depoimento foi realizado no 16º Congresso do PCdoB, em Brasília

Andreas SOLARO/ AFP/JC
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Agências
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar em defesa da Venezuela no momento em que os Estados Unidos autorizam ações no país vizinho. Lula defendeu a Venezuela, comandada pelo ditador Nicolás Maduro, ao afirmar que a população do país é dona do próprio destino e que nenhum presidente estrangeiro deve dar palpite sobre o destino do país. A declaração foi feita no 16º Congresso do PCdoB, em Brasília.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar em defesa da Venezuela no momento em que os Estados Unidos autorizam ações no país vizinho. Lula defendeu a Venezuela, comandada pelo ditador Nicolás Maduro, ao afirmar que a população do país é dona do próprio destino e que nenhum presidente estrangeiro deve dar palpite sobre o destino do país. A declaração foi feita no 16º Congresso do PCdoB, em Brasília.
"O Brasil nunca vai ser a Venezuela e a Venezuela nunca vai ser o Brasil. Cada um será ele. O que nós defendemos é que o povo venezuelano é dono do seu destino e não é nenhum presidente de outro país que tenha que dar palpite de como vai ser a Venezuela ou vai ser Cuba", afirmou.
Ao destacar a boa relação com líderes sul-americanos nos dois primeiros mandatos à frente da Presidência, Lula disse que teve uma boa relação com Hugo Chávez.
"Eu tive o prazer de viver na presidência do Brasil entre 2002 e 2010, no melhor momento político, ideológico e social da América do Sul, a minha convivência com Cristina e o (Néstor) Kirchner, da Argentina, a minha convivência com Michelle Bachelet, do Chile, com Tabaré Vázquez no Uruguai e Pepe Mujica, com (Fernando) Lugo no Paraguai, com (Hugo) Chávez na Venezuela, com Evo Morales na Bolívia, isso tudo acabou", disse Lula.
Na terça-feira (14), os Estados Unidos atacaram um barco venezuelano que, segundo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, carregava drogas. Seis pessoas morreram. A ação, segundo Trump, foi feita após "a inteligência confirmar que o barco estava contrabandeando drogas, estava associado a redes narcoterroristas ilícitas e navegava em uma rota conhecida" por essas organizações".
Um dia após o ataque ao barco, na quarta-feira (15), Trump disse que considera atacar em terra cartéis de droga que operam na Venezuela. O líder americano confirmou em uma reportagem do New York Times que autorizou operações da CIA contra Caracas.
Na mesma solenidade Lula falou da política brasileira e afirmou que tem disposição para disputar mais cinco eleições e que muito provavelmente será candidato em 2026. "Se eu decidisse ser candidato, obviamente a direção dos partidos que verem, se eu decidisse ser candidato, não é para disputar só, é para a gente ganhar essas eleições", disse.

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