Caminhões de ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza nesta quarta-feira (15) e Israel parece ter retomado os preparativos para reabrir a passagem de Rafah, no Sul do território, após uma disputa sobre a devolução de corpos de reféns mortos ameaçar o frágil cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas.
Tel Aviv havia suspendido a reabertura da fronteira e ameaçado reduzir o envio de suprimentos, acusando o Hamas de não cumprir sua parte do acordo de trégua e protelar a entrega dos corpos dos reféns.
Após a pressão israelense, a facção criminosa devolveu mais quatro corpos na madrugada desta quarta, mas apenas três são de reféns mortos, de acordo com Tel Aviv. Um deles, segundo as Forças Armadas, é de um palestino, e os outros foram identificados como Tamir Nimrodi, 18, Uriel Baruch, 35, e Eitan Levy, 53.
Por outro lado, Israel devolveu nesta quarta-feira a Gaza os restos mortais de 45 palestinos, elevando o número total entregue para 90 pessoas, informou o Ministério da Saúde deste território controlado pelo grupo terrorista Hamas. Em virtude do acordo de cessar-fogo impulsionado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Israel deve entregar os corpos de 15 palestinos para cada israelense falecido que o Hamas lhe entregar.
Na segunda-feira, o grupo terrorista Hamas entregou os restos mortais de três reféns israelenses e um nepalês para ser repatriado, e na terça-feira, outros três israelenses e um corpo ainda não identificado que, segundo o Exército informou nesta quarta, não era de nenhuma das pessoas que constavam na lista de reféns mortos. Ainda na segunda-feira, os últimos 20 reféns israelenses vivos dos ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023 foram libertados.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exigiu que o Hamas cumpra os requisitos estabelecidos no acordo de cessar-fogo sobre a devolução dos corpos dos reféns. "Não faremos concessões nisso e não interromperemos nossos esforços até devolvermos o último refém falecido", disse ele.