A flotilha Global Sumud, que tenta furar o bloqueio de Israel e entregar ajuda a Gaza, afirmou que embarcações israelenses teriam se aproximado de alguns de seus barcos e realizado "manobras perigosas e intimidatórias".
O grupo de cerca de 40 embarcações indicou que prosseguiria a viagem. Segundo a organização, por volta das 2h30min do horário de Brasília, estava ao norte da costa do Egito, a 120 milhas náuticas (220 quilômetros) do território palestino.
A previsão de chegada é até a manhã desta quinta-feira (2), no horário local (6h à frente de Brasília). Para os organizadores, as próximas 24 horas serão cruciais, dada a expectativa de que navios de Israel interceptem o grupo.
Membros da missão disseram em uma transmissão a jornalistas que duas embarcações de Tel Aviv cercaram dois dos barcos da flotilha, Alma e Sirius. Segundo o ativista brasileiro Thiago Ávila, um dos organizadores da iniciativa, o sinal de celular e de internet foi cortado com a aproximação dos supostos barcos israelenses.
O major Rafael Rozenszajn, um dos porta-vozes das Forças Armadas israelenses, indicou que o país não permitiria que os barcos chegassem a Gaza. "As Forças Armadas vão estar preparadas para garantir que o bloqueio seja aplicado de uma forma absoluta na Faixa de Gaza", disse ele na ocasião.
Entre os nomes públicos que participam da missão estão a ativista sueca Greta Thunberg, que, junto com o brasileiro Thiago Ávila, foi presa e deportada por forças israelenses em uma das empreitadas anteriores do grupo, em junho. Ao menos mais 12 brasileiros estão na tripulação.
As tensões aumentaram nos últimos dias após a flotilha anunciar ter sido alvo de drones a caminho de Gaza. A Itália e a Espanha mobilizaram barcos do Exército para ajudar em possíveis resgates, mas afirmaram que não irão se envolver militarmente.
Folhapress