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Publicada em 24 de Setembro de 2025 às 12:02

Zelensky relaciona paz global a poderio militar e diz que segurança não existe sem aliados

Discurso foi realizado na 80ª Assembleia Geral da ONU em Nova York

Discurso foi realizado na 80ª Assembleia Geral da ONU em Nova York

TIMOTHY A. CLARY/ AFP/Divulgação/JC
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Agências
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (24) que a busca pela paz no atual cenário global está inevitavelmente ligada ao poder militar e a posse de armas. "Mesmo se uma nação quer paz, ainda precisa produzir ou comprar armas. É péssimo, mas é a realidade", disse em discurso na 80ª Assembleia Geral da ONU, acrescentando que não há garantias de segurança para países sem "aliados poderosos".
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (24) que a busca pela paz no atual cenário global está inevitavelmente ligada ao poder militar e a posse de armas. "Mesmo se uma nação quer paz, ainda precisa produzir ou comprar armas. É péssimo, mas é a realidade", disse em discurso na 80ª Assembleia Geral da ONU, acrescentando que não há garantias de segurança para países sem "aliados poderosos".
Zelensky reiterou que ainda não foi possível alcançar um cessar-fogo porque "os russos recusam um acordo" e questionou: "até quando nossos reféns serão mantidos sob guarda da Rússia?". Ele lembrou que drones russos chegaram a invadir o espaço aéreo polonês e que a Estônia convocou o Conselho de Segurança após sofrer violação semelhante.
Segundo o presidente, "armas decidem quem sobreviverá", mas o desenvolvimento tecnológico vem superando a capacidade de defesa dos países. Ele alertou que o mundo vive "a mais destrutiva guerra armamentista da história", com o uso de inteligência artificial (IA) em armamentos, e defendeu a criação de regras globais sobre o tema. Zelensky afirmou que a Ucrânia não teve outra escolha "a não ser lutar de volta", inclusive com a construção própria de drones, e anunciou que o país decidiu que passará a exportar armas "testadas em uma guerra real".
Responsabilizando exclusivamente Moscou pela guerra, Zelensky disse que parar a ofensiva do presidente russo Vladimir Putin agora é "mais barato do que nos defender" e acusou o líder russo de buscar expandir o conflito. Ele concluiu relatando que teve uma "ótima reunião" com o líder americano, Donald Trump, ontem e afirmou acreditar que, com o apoio da Europa e dos EUA, "podemos colocar um fim nisso".

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