O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, divulgou comunicado em que diz que "não haverá um Estado Palestino". Ele ainda ameaçou: "a resposta à última tentativa de nos impor um estado terrorista no coração de nossa terra será dada após meu retorno dos Estados Unidos. Aguardem".
A nova onda de reconhecimentos do Estado Palestino, que agora inclui países do G7, grupo que reúne as mais ricas nações ocidentais e o Japão, ocorre na esteira dos quase dois anos de ataques israelenses à Faixa de Gaza, que já deixaram mais de 65 mil mortos, e no momento em que o exército israelense invade a Cidade de Gaza por terra, intensificando a ofensiva.
Ao mesmo tempo, Israel estrangula cada vez mais o território palestino da Cisjordânia, ampliando os assentamentos na região, ocupando áreas militarmente e reprimindo a população local, tornando cada vez mais distante a solução de dois Estados, Israel e Palestina, defendida há muito pela comunidade internacional e, até recentemente, também pelos Estados Unidos.
"Tenho uma mensagem clara para aqueles líderes que estão reconhecendo um estado palestino após o horrível massacre de 7 de outubro: vocês estão recompensando o terror com um prêmio enorme", declarou Netanyahu no comunicado, referindo-se ao ataque do grupo terrorista Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 que deixou mais de 1,2 mil mortos e foram feitos 251 reféns.
"E tenho outra mensagem para vocês: isso não vai acontecer. Não haverá um Estado Palestino a Oeste do Rio Jordão", afirmou o primeiro-ministro, referindo-se à Cisjordânia. "Durante anos, eu impedi a criação desse estado terrorista, contra uma pressão tremenda, tanto interna quanto externa", acrescentou. Netanyahu foi além e auto congratulou-se: "Fizemos isso com determinação e com uma habilidade astuta de estadista".