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Publicada em 17 de Setembro de 2025 às 20:06

Irmã de Milei volta atrás e pede liberação dos áudios de escândalo de propina

Karina criticou o argumento de que a liberdade de imprensa pode justificar a divulgação de informações obtidas de maneira ilícita

Karina criticou o argumento de que a liberdade de imprensa pode justificar a divulgação de informações obtidas de maneira ilícita

AFP/JC
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Agências
A Justiça concedeu um pedido da secretária-geral da Presidência da Argentina, Karina Milei, e retirou a proibição que impedia que jornalistas divulgassem áudios em que ela teria sido gravada sem autorização. A irmã de Javier Milei havia dito em seu pedido que não queria censurar os jornalistas, mas proteger seus direitos, já que os áudios teriam sido obtidos ilegalmente, manipulados e editados com a intenção de prejudicá-la.
A Justiça concedeu um pedido da secretária-geral da Presidência da Argentina, Karina Milei, e retirou a proibição que impedia que jornalistas divulgassem áudios em que ela teria sido gravada sem autorização. A irmã de Javier Milei havia dito em seu pedido que não queria censurar os jornalistas, mas proteger seus direitos, já que os áudios teriam sido obtidos ilegalmente, manipulados e editados com a intenção de prejudicá-la.
Ela criticou o argumento de que a liberdade de imprensa pode justificar a divulgação de informações obtidas de maneira ilícita, afirmando que isso é um ataque à democracia. Karina pediu que a proibição fosse retirada, afirmando que os áudios já haviam sido divulgados em meios de comunicação estrangeiros e que a sua divulgação não comprometeria a segurança dela, de terceiros ou a segurança nacional. 
O episódio é parte de um escândalo que abalou o governo Milei nas últimas semanas, quando outras gravações, atribuídas ao ex-diretor da Andis (Agência Nacional para Pessoas com Deficiência) Diego Spagnuolo, relatam um suposto esquema de corrupção na compra de medicamentos pelo Estado.
O esquema, que envolveria a drogaria Suizo-Argentina (responsável pela distribuição dos medicamentos), beneficiaria Karina com propinas de 3% do valor desembolsado. As gravações foram divulgadas dias antes das eleições legislativas na província de Buenos Aires, no último dia 7 de setembro, e rapidamente ganharam a opinião pública.
O governo avalia que o escândalo prejudicou seu desempenho nas urnas —o grupo político de Milei ficou quase 14 pontos atrás dos peronistas. Após a divulgação dos áudios de Spagnuolo, o canal de streaming Carnaval publicou gravações que seriam de Karina Milei e teriam ocorrido sem autorização em uma reunião na Casa Rosada ou na Câmara de Deputados.
 

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