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Publicada em 15 de Setembro de 2025 às 19:47

Maduro diz estar pronto para enfrentar possível 'agressão militar' dos EUA

Maduro vem convocando e treinando civis para um suposto conflito

Maduro vem convocando e treinando civis para um suposto conflito

Pedro MATTEY/AFP/JC
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Agências
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira (15) que os Estados Unidos estão preparando uma "agressão" de "caráter militar" contra seu país, e assegurou que seu governo está autorizado pelas "leis internacionais" para enfrentá-la.
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira (15) que os Estados Unidos estão preparando uma "agressão" de "caráter militar" contra seu país, e assegurou que seu governo está autorizado pelas "leis internacionais" para enfrentá-la.
Nas últimas semanas, os EUA posicionaram oito navios em águas do Caribe Sul em uma operação antidrogas. Washington acusa Maduro de supostos vínculos com o narcotráfico e oferece uma recompensa de US$ 50 milhões (R$ 273 milhões), pela captura do venezuelano.
Há "uma agressão em andamento, de caráter militar, e a Venezuela está autorizada pelas leis internacionais a enfrentá-la", indicou Maduro. "Isso não é tensão. É uma agressão generalizada, é uma agressão policial, uma agressão política, uma agressão diplomática e uma agressão contínua de caráter militar", disse Maduro, ao também relembrar o ataque americano a um barco venezuelano que matou onze pessoas no início do mês.
Mesmo com o histórico de negociações bilaterais ao longo dos últimos anos, nesta segunda, o ditador reiterou que a relação entre os países mudou definitivamente. "As comunicações com o governo dos EUA estão rompidas, estão rompidas por eles com suas ameaças de bombas, morte e chantagem", afirmou, ao apontar o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, como o "senhor da morte e da guerra". Ele havia apontado Maduro na semana passada como um "fugitivo da justiça americana" em relação à recompensa que os Estados Unidos oferecem por sua captura.
Nesta segunda-feira, em entrevista à Fox News antes das declarações de Maduro, Rubio disse que o venezuelano "representa uma ameaça direta à segurança nacional" dos EUA devido ao suposto tráfico de drogas do qual é acusado.
A Venezuela rejeita essas acusações e, também na semana passada, Maduro ordenou o envio de pelo menos 25 mil soldados das Forças Armadas para os estados fronteiriços com a Colômbia e o Caribe. O ditador também convocou civis para se alistarem na Milícia Bolivariana, um corpo militar composto por civis, para reforçar as tropas diante de uma eventual invasão americana.
No fim de semana, o governo venezuelano denunciou que militares norte-americanos que fazem parte da tripulação do contratorpedeiro da Marinha americana retiveram por oito horas um navio de pesca de atum que navegava em águas do Caribe venezuelano. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, também afirmou que os EUA triplicaram em agosto o envio de aviões espiões "contra" a Venezuela.
 

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