A pressão pública e o uso da máquina do governo asseguraram ao presidente Donald Trump o que os seus aliados consideraram vitórias políticas nas últimas semanas, mas ainda não suficientes para alçar o republicano ao favoritismo em uma de suas obsessões: ganhar o Nobel da Paz.
Nos últimos dias, o presidente americano intensificou os esforços para acabar com a guerra entre Ucrânia e Rússia. Ele promoveu um encontro com seu homólogo russo, Vladimir Putin, recebido com pompa no Alasca, em 15 de agosto. Depois, recebeu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, junto de líderes europeus, também como parte do esforço por um cessar-fogo. O desfecho do conflito, porém, continua nebuloso.
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O aumento da pressão por uma trégua no pior conflito em território europeu desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) coincide com a aproximação da data em que serão anunciados os novos vencedores do Nobel da Paz, em 10 de outubro.
O republicano e seus aliados têm enaltecido as resoluções de outros conflitos como prova de que Trump é um pacificador. No último sábado, as páginas da Casa Branca nas redes sociais escreveram que o presidente teve uma "semana cheia buscando a paz".
Na mensagem, a secretária de Imprensa de Trump, Karoline Leavitt, exaltou os encontros promovidos pelo presidente em busca de solução para o conflito na Ucrânia. Internamente, Trump obteve vitórias. Em uma frente, viu o Texas passar uma lei que amplia de 25 para 30 o número de cadeiras no Congresso a partir das eleições de meio de mandato do ano que vem.
Trump não seria o primeiro americano agraciado. Barack Obama recebeu o Nobel da Paz em 2009 por seu trabalho em prol do desarmamento nuclear. Obama foi o terceiro presidente americano em exercício a vencer, depois de Theodore Roosevelt (1906) e de Woodrow Wilson (1919). Jimmy Carter recebeu o prêmio em 2002, duas décadas após seu mandato. Também foram laureados Al Gore (2007), Henry Kissinger (1973) e Martin Luther King (1964).
Agências