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Publicada em 23 de Julho de 2025 às 20:48

Taxa de natalidade avança na Coreia do Sul em meio à crise demográfica

Trata-se de uma boa notícia para o país, que tem uma das maiores expectativas de vida do planeta e uma das menores taxas de natalidade

Trata-se de uma boa notícia para o país, que tem uma das maiores expectativas de vida do planeta e uma das menores taxas de natalidade

JOHN MOORE/AFP/JC
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Agências
A Coreia do Sul registrou um aumento de 6,9% na taxa de natalidade nos primeiros cinco meses do ano, um avanço recorde para o país, afirmou à AFP um funcionário da Agência de Estatísticas da Coreia nesta quarta-feira.
A Coreia do Sul registrou um aumento de 6,9% na taxa de natalidade nos primeiros cinco meses do ano, um avanço recorde para o país, afirmou à AFP um funcionário da Agência de Estatísticas da Coreia nesta quarta-feira.
"O número de recém-nascidos para o período de janeiro a maio foi de 106.048, um aumento de 6,9%, a taxa de crescimento mais elevada desde o início da compilação dos dados em 1981", afirmou Kang Hyun-young, da Agência de Estatísticas da Coreia.
Trata-se de uma boa notícia para o país, que tem uma das maiores expectativas de vida do planeta e uma das menores taxas de natalidade - combinação que impõe sérios desafios demográficos para o futuro.
A Coreia do Sul precisa de uma taxa de fertilidade de 2,1 crianças para manter sua população atual, de 51 milhões de habitantes. Esse índice, que representa o número de bebês que se espera que uma mulher tenha ao longo de sua vida, alcançou 0,75 em maio, o que indica uma queda expressiva da população no futuro.
O dado divulgado nesta quarta-feira (23), porém, parece ser fruto de um investimento de bilhões de dólares em campanhas para estimular as mulheres a terem mais filhos e manter a estabilidade populacional.
Antes mesmo, o esforço parecia já estar mostrando resultado - em 2024, a Coreia do Sul registrou o primeiro aumento anual no número de nascimentos em mais de uma década. No ano passado, o número de recém-nascidos aumentou em 8.300, 3,6% a mais que no ano anterior, totalizando 238.300.
O aumento deste ano foi particularmente marcante em abril, com um avanço em termos anuais de 8,7%, com 20.717 partos no mês. Há dúvidas, no entanto, sobre a sustentabilidade dessa tendência. Um relatório de 2024 da ONU coloca a Coreia do Sul entre os países com "baixa fertilidade" nos quais a probabilidade de recuperar taxas sustentáveis nos próximos 30 anos -ou seja, 2,1 filhos por mulher- é de apenas 0,1%.
 

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