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Publicada em 15 de Julho de 2025 às 17:07

Acusada de traição, vice de Milei já não esconde atritos

Victoria Villarruel diz que presidente argentino tem de viajar menos

Victoria Villarruel diz que presidente argentino tem de viajar menos

Sofia ARECO/ARGENTINA'S SENATE/AFP/JC
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Agências
A relação entre o presidente da Argentina, Javier Milei, e a sua vice, Victoria Villarruel, já estava ruim. Nos últimos dias, porém, o vínculo atingiu o ponto mais crítico após ela criticar o governo nas redes sociais.   A dupla está em rota de colisão desde a semana passada, quando a vice-presidente, que na Argentina também lidera o Senado, habilitou a sessão em que foi aprovado o aumento emergencial de 7,2% das aposentadorias, como parte de um pacote de projetos que eleva os gastos fiscais. LEIA TAMBÉM: Haddad diz que ideologias não podem ser um empecilho na relação com a Argentina   Victoria passou a receber diversas críticas de ministros e apoiadores do governo, que questionam a legalidade da sessão, por ela não ter sido convocada pela presidência do Senado. A vice defendeu sua posição, explicando que os senadores têm autonomia para convocar sessões e rebatendo as acusações de traição.   Milei demonstrou publicamente sua desaprovação em relação à decisão, compartilhando ataques contra ela nas redes sociais. Victoria, por sua vez, também criticou o mandatário, sugerindo que ele deve cortar gastos com viagens e com o serviço de inteligência, acusando-o de estar desconectado da realidade dos argentinos. A vice escreveu ainda que o presidente tem de se comportar como um adulto para discutir políticas.   O conflito revela divisões profundas na liderança argentina atual. Victoria se isolou no Senado, e a Casa Rosada começou a espalhar a mensagem de que ela está pensando em uma futura candidatura fora do grupo político de Milei, A Liberdade Avança. As tensões aumentaram com a desavença pública em um evento oficial, no qual o presidente, ao entrar na Catedral de Buenos Aires, ignorou a vice e depois escreveu nas redes sociais que "Roma não paga traidores".   Após a derrota do governo no Congresso, aliados de Milei exigiram a suspensão da vice do cargo. Durante um discurso na Bolsa de Comércio de Buenos Aires, o ultraliberal insinuou que ela não faz parte da sua equipe e que o teria traído.
A relação entre o presidente da Argentina, Javier Milei, e a sua vice, Victoria Villarruel, já estava ruim. Nos últimos dias, porém, o vínculo atingiu o ponto mais crítico após ela criticar o governo nas redes sociais.
 
A dupla está em rota de colisão desde a semana passada, quando a vice-presidente, que na Argentina também lidera o Senado, habilitou a sessão em que foi aprovado o aumento emergencial de 7,2% das aposentadorias, como parte de um pacote de projetos que eleva os gastos fiscais.
 
Victoria passou a receber diversas críticas de ministros e apoiadores do governo, que questionam a legalidade da sessão, por ela não ter sido convocada pela presidência do Senado. A vice defendeu sua posição, explicando que os senadores têm autonomia para convocar sessões e rebatendo as acusações de traição.
 
Milei demonstrou publicamente sua desaprovação em relação à decisão, compartilhando ataques contra ela nas redes sociais. Victoria, por sua vez, também criticou o mandatário, sugerindo que ele deve cortar gastos com viagens e com o serviço de inteligência, acusando-o de estar desconectado da realidade dos argentinos. A vice escreveu ainda que o presidente tem de se comportar como um adulto para discutir políticas.
 
O conflito revela divisões profundas na liderança argentina atual. Victoria se isolou no Senado, e a Casa Rosada começou a espalhar a mensagem de que ela está pensando em uma futura candidatura fora do grupo político de Milei, A Liberdade Avança. As tensões aumentaram com a desavença pública em um evento oficial, no qual o presidente, ao entrar na Catedral de Buenos Aires, ignorou a vice e depois escreveu nas redes sociais que "Roma não paga traidores".
 
Após a derrota do governo no Congresso, aliados de Milei exigiram a suspensão da vice do cargo. Durante um discurso na Bolsa de Comércio de Buenos Aires, o ultraliberal insinuou que ela não faz parte da sua equipe e que o teria traído.

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