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Publicada em 13 de Julho de 2025 às 16:05

Míssil de Israel atinge crianças palestinas que buscavam água em Gaza

Um novo navio de ajuda humanitária partiu da Sicília, na Itália, para Gaza neste domingo

Um novo navio de ajuda humanitária partiu da Sicília, na Itália, para Gaza neste domingo

Giovanni ISOLINO/AFP/JC
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Agências
Pelo menos 43 palestinos morreram neste domingo (13) em novos ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, informou a Defesa Civil do território palestino, órgão controlado pelo Hamas. Em um deles, um míssil de Israel atingiu um ponto de distribuição de água potável em uma área perto do campo de refugiados de Nuseirat e matou 20 pessoas, incluindo pelo menos dez crianças, de acordo com as autoridades locais.
Pelo menos 43 palestinos morreram neste domingo (13) em novos ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, informou a Defesa Civil do território palestino, órgão controlado pelo Hamas. Em um deles, um míssil de Israel atingiu um ponto de distribuição de água potável em uma área perto do campo de refugiados de Nuseirat e matou 20 pessoas, incluindo pelo menos dez crianças, de acordo com as autoridades locais.
Os militares israelenses disseram que o míssil pretendia atingir um terrorista da Jihad Islâmica na área, mas que uma falha técnica fez com que ele caísse "a dezenas de metros do alvo". As Forças Armadas de Israel lamentaram em comunicado "qualquer dano a civis não envolvidos".
O porta-voz dos serviços de emergência de Gaza, Mahmoud Basal, afirmou que 10 pessoas, incluindo mulheres e crianças, também morreram em ataques a um mercado na Cidade de Gaza. A falta de água em Gaza piorou consideravelmente nas últimas semanas, com a escassez de combustível que afetou equipamentos de dessalinização e de saneamento. Isto tornou as pessoas dependentes de centros onde podem encher os seus recipientes de plástico.
No sábado (12), sete agências da ONU alertaram em um comunicado conjunto que a escassez de combustível em Gaza atingiu "níveis críticos" e pode representar "um novo fardo insuportável para uma população à beira da inanição".
Nesse contexto, um novo navio de ajuda humanitária partiu da Sicília, na Itália, para Gaza neste domingo, com ativistas pró-Palestina a bordo, em busca de "quebrar o bloqueio israelense" e ajudar a população sitiada.
A última iniciativa desse tipo, a chamada Flotilha da Liberdade, acabou interceptada por Tel Aviv em alto-mar e seus membros, que incluíam a ativista sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila, foram detidos, levados a Israel e deportados.
O Ministério da Saúde de Gaza disse no domingo que mais de 58 mil pessoas foram mortas desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em outubro de 2023, com 139 pessoas acrescentadas ao número de mortos nas últimas 24 horas. Enquanto isso, as negociações indiretas entre Israel e o Hamas chegam a uma semana sem um acordo de trégua.

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