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Publicada em 09 de Julho de 2025 às 14:48

Russia lança maior ataque de drones contra Ucrânia e amplia ofensiva na guerra

No total, o Exército russo disparou 728 drones e 13 mísseis, segundo a Força Aérea ucraniana

No total, o Exército russo disparou 728 drones e 13 mísseis, segundo a Força Aérea ucraniana

AFP PHOTO / UKRAINIAN STATE EMERGENCY SERVICE/JC
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Agências
A Rússia lançou na madrugada de quarta-feira (9), o maior ataque com drones e mísseis contra a Ucrânia desde o início da guerra em 2022. O ataque ocorreu depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar o envio de "mais armas" para Kiev "se defender dos bombardeios russos", e criticar o presidente russo Vladimir Putin.
A Rússia lançou na madrugada de quarta-feira (9), o maior ataque com drones e mísseis contra a Ucrânia desde o início da guerra em 2022. O ataque ocorreu depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar o envio de "mais armas" para Kiev "se defender dos bombardeios russos", e criticar o presidente russo Vladimir Putin.
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No total, o Exército russo disparou 728 drones e 13 mísseis, segundo a Força Aérea ucraniana, que afirmou ter interceptado 711 drones e destruído sete mísseis, sem especificar os danos provocados pelos ataques. Os bombardeios fazem parte da tão propalada "ofensiva de verão" no Leste da Ucrânia.

A ofensiva de Putin é um revés às expectativas no início deste ano, quando Trump assumiu o cargo e buscou uma reaproximação com Moscou, tendo prometido durante a campanha eleitoral acabar com a guerra na Ucrânia em 24 horas. A abordagem amigável de Trump ao Kremlin e uma discussão acalorada no Salão Oval com o presidente Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, ofereceram uma rara oportunidade para Putin.

A simpatia de Trump por Putin, esperavam muitos russos, poderia resultar no alívio das sanções, investimentos ocidentais, acordos de controle de armas e um realinhamento geopolítico favorável na Europa. Putin precisava apenas aceitar um cessar-fogo na Ucrânia que permitiria à Rússia manter o território já conquistado.

A determinação de Putin em manter o ataque, levou à mais recente explosão de frustração de Trump com Putin, na terça-feira. Apesar de seis telefonemas entre os dois líderes desde fevereiro e duas rodadas de negociações diretas entre a Rússia e a Ucrânia em Istambul, a Rússia intensificou seus ataques.

"Putin nos enche de besteiras, se você quer saber a verdade", disse Trump aos repórteres. "Ele é muito gentil conosco o tempo todo, mas isso acaba sendo sem sentido", completou.
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Putin, por sua vez, propôs à Casa Branca negócios como a mineração de terras raras ou a participação no fornecimento de gás russo para a Europa. Ele ofereceu a Rússia como mediadora neutra no Oriente Médio, mesmo quando Trump se preparava para bombardear o Irã, o aliado mais próximo da Rússia na região. E continuou a elogiar Trump publicamente. "Ele é um homem corajoso, isso é claro", disse Putin sobre Trump em uma coletiva de imprensa em Belarus, no final do mês passado.

Putin está satisfeito com suas interações com Trump até agora este ano, disseram duas pessoas próximas ao Kremlin. As conversas entre os líderes representaram um avanço para a Rússia, encerrando três anos de isolamento diplomático pelo governo Biden.

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