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Publicada em 06 de Julho de 2025 às 13:05

Em discurso de abertura na Cúpula dos Brics Lula critica ações no Oriente Médio

O presidente do Brasil defendeu a criação de um Estado palestino dentro dos limites criados em 1967

O presidente do Brasil defendeu a criação de um Estado palestino dentro dos limites criados em 1967

AFP
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Agências
No discurso de abertura da Cúpula dos Brics, realizada no Rio de Janeiro neste domingo (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a urgência de solucionar os conflitos globais por meio de paz e da segurança. Em seu pronunciamento, Lula defendeu a criação de um Estado palestino com base nos limites de 1967.
No discurso de abertura da Cúpula dos Brics, realizada no Rio de Janeiro neste domingo (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a urgência de solucionar os conflitos globais por meio de paz e da segurança. Em seu pronunciamento, Lula defendeu a criação de um Estado palestino com base nos limites de 1967.
Na sessão de abertura, que teve como tema "Paz e Segurança e Reforma da Governança Global", ele enfatizou que, "embora nada justifique as ações terroristas do Hamas, não se pode ignorar o que descreveu como "genocídio" realizado por Israel na Faixa de Gaza. 
O presidente disse que "nada justifica as ações terroristas cometidas pelo Hamas, mas que não é possível permanecer indiferente ao genocídio praticado por Israel em Gaza" com a "matança indiscriminada de civis inocentes e o uso da fome como arma de guerra".

Lula ainda mencionou outros conflitos globais, destacando que o governo brasileiro condenou os atentados em Caxemira - que ampliaram temporariamente tensões entre Índia e Paquistão. O presidente frisou que as violações de integridade territorial dificultam esforços de não-proliferação de armas atômicas.

Sem mencionar diretamente os Estados Unidos, Lula acusou ações sem amparo no direito internacional de aumentar a tendência de repetir de forma mais grave o "fracasso" das operações no Afeganistão, no Iraque, na Líbia e na Síria. "Suas consequências para a estabilidade do Oriente Médio e Norte da África, em especial no Sahel, foram desastrosas e até hoje são sentidas", disse. Novo membro do Brics, o Irã foi recentemente atacado por forças americanas em uma ação para destruir seu programa nuclear e exigiu a menção de repúdio à escalada de tensões no Oriente Médio no comunicado final do bloco.

"O governo brasileiro denunciou as violações à integridade territorial do Irã, como já havia feito no caso da Ucrânia. É urgente que as partes envolvidas na guerra na Ucrânia aprofundem o diálogo"direto com vistas a um cessar-fogo e paz duradoura", acrescentou, sem mencionar a Rússia.

Lula acusou ainda a comunidade internacional de ignorar "gravíssimas crises em outras partes do mundo" e quem, para isso, o Grupo de Amigos da Paz - liderado por Brasil e China - procura identificar caminhos para o fim das hostilidades com a participação do Sul Global.

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