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Publicada em 02 de Julho de 2025 às 20:10

Ultradireita de Israel é contra o cessar-fogo em Gaza; Hamas analisa

No último mês, cerca de 500 civis palestinos foram mortos em incidentes nas filas por comida

No último mês, cerca de 500 civis palestinos foram mortos em incidentes nas filas por comida

Eyad BABA/AFP/JC
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Agências
A proposta de cessar-fogo anunciada pelo presidente Donald Trump na noite de segunda-feira (30) está sendo estudada pelo grupo terrorista palestino Hamas e já divide o governo do premiê israelense, Benjamin Netanyahu.
A proposta de cessar-fogo anunciada pelo presidente Donald Trump na noite de segunda-feira (30) está sendo estudada pelo grupo terrorista palestino Hamas e já divide o governo do premiê israelense, Benjamin Netanyahu.
Trump disse que Israel havia concordado com seus termos logo depois de ter afirmado que forçaria o aliado em Tel Aviv a encerrar a guerra na Faixa de Gaza, iniciada após o Hamas atacar o Estado judeu de forma inaudita em 7 de outubro de 2023.
Resta combinar com Netanyahu, que como de costume está deixando a acomodação das forças em seu gabinete ocorrer antes de se posicionar. A ultradireita encarnada no ministro Itamar Ben-Gvir (Segurança Nacional) busca uma forma de barrar o acordo.
Segundo relatos na imprensa israelense, seu partido propôs um bloco com a sigla de Bezalel Smotrich (Finanças), também um radical religioso, mas por ora o escritório do ministro negou a intenção. Eles comandam 13 dos 67 votos governistas no Parlamento, que tem 120 assentos e uma margem exígua de governabilidade para Netanyahu.
Dos 255 reféns tomados pelo Hamas no 7 de outubro, 50 estão em Gaza - 28 deles já mortos, segundo estimativa de Israel. A agonia do cativeiro tornou-se um tema central da ativa sociedade civil do país, e motivo de pressão constante sobre Netanyahu.
No último mês, cerca de 500 civis foram mortos em incidentes nas filas por comida, de resto criticadas como insuficientes pela ONU. Israel investiga o que ocorreu e admitiu ter havido vítimas, mas em número menor e não por ordem superior, como haviam relatado oficiais e soldados ao jornal Haaretz na última sexta.
O Hamas está discutindo os termos de Trump por meio de seus mediadores usuais no Egito e no Catar. Não houve declarações formais ainda, apenas relatos na mídia árabe, mas o norte-americano disse na véspera que se o grupo não aceitar o cessar-fogo, irá sofrer mais do que nunca.
A proposta de Trump é de um cessar-fogo de 60 dias, com a libertação imediata de metade dos reféns em troca de prisioneiros palestinos. Ao fim do processo, todos os cativos remanescentes em Gaza seriam soltos.
 

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