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Publicada em 30 de Junho de 2025 às 20:41

Irã acusa Trump de fazer jogo psicológico com sanções

Em 22 de junho, Washington bombardeou o Irã em apoio a Israel

Em 22 de junho, Washington bombardeou o Irã em apoio a Israel

Menahem Kahana/AFP/JC
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Agências
Uma autoridade do Irã afirmou nesta segunda (30) que o vaivém do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação às sanções do Irã são um jogo psicológico que não visavam resolver os problemas entre os dois países.
Uma autoridade do Irã afirmou nesta segunda (30) que o vaivém do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação às sanções do Irã são um jogo psicológico que não visavam resolver os problemas entre os dois países.
"Essas declarações devem ser vistas mais no contexto de jogos psicológicos e midiáticos do que como uma expressão séria a favor do diálogo ou da resolução de problemas", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmaeil Baghaei, em uma entrevista coletiva.
Na última sexta-feira (27), o republicano disse ter desistido dos planos para suspender sanções contra o Irã após o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, afirmar que Teerã "deu um tapa na cara dos EUA" ao lançar um ataque contra uma importante base americana no Catar.
Dois dias antes, Trump havia sinalizado um possível relaxamento nas sanções para a nação persa se reerguer após os bombardeios americanos do fim de semana anterior. "Eles vão precisar de dinheiro para colocar aquele país de volta em forma. Queremos ver isso acontecer", disse o republicano em uma entrevista coletiva na Holanda, onde participava da Cúpula da Otan.
Em 22 de junho, Washington bombardeou o Irã em apoio a Israel, que havia atacado o país adversário dez dias antes. A ofensiva atingiu três instalações nucleares iranianas, em Natanz, Isfahan e Fordow. Já a retaliação iraniana contra a base de Washington no Catar foi considerada coreografada já que nenhum dano foi relatado e Teerã avisou sobre a ação com antecedência.
De acordo com um porta-voz do judiciário iraniano citado pela mídia estatal do Irã nesta segunda, 935 pessoas foram mortas durante os 12 dias de guerra, incluindo 38 crianças e 132 mulheres. Os números não podem ser verificados por jornalistas independentes devido ao controle da República Islâmica à imprensa. De qualquer forma, a cifra representa um aumento significativo em relação ao balanço anterior do Ministério da Saúde iraniano, que contabilizava 610 mortos antes do cessar-fogo entrar em vigor, na terça-feira da semana passada.
 

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