O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, enviou uma carta ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e ao presidente do Conselho de Segurança, argumentando que o órgão deve reconhecer os Estados Unidos e Israel como responsáveis pelas agressões que resultaram no conflito de 12 dias.
O chanceler também solicita que os países paguem uma compensação pelos danos. O teor da correspondência foi divulgado pelo Irã em uma publicação na rede X. Enquanto isso, segue a disputa de versões e retóricas sobre o estoque de 400 quilos de urânio enriquecido, mantido intacto de acordo com o governo iraniano.
Por outro lado, Trump, voltou a afirmar, em entrevista à Fox News neste domingo (29) que a operação norte-americana destruiu todas as plantas nucleares do Irã. Ele também acusou a CNN e o New York Times de mentir por afirmar que o dano teria sido menor.
Segundo o republicano, o Irã não deve continuar a desenvolver armas nucleares por "estarem exaustos". Para o presidente dos EUA, o Irã foi atingindo como nunca. Trump ressaltou a qualidade dos equipamentos e dos soldados norte-americanos ao descrever o ataque que, segundo ele, "destruiu as instalações como se [elas] fossem manteiga".
Em meio às versões, agências de inteligência buscam pistas sobre o paradeiro do urânio enriquecido a pelo menos 60% - muito perto dos 90% da pureza necessária para a construção de uma bomba nuclear. Avaliações preliminares de inteligência fornecidas aos governos europeus indicam que este estoque de urânio permanece praticamente intacto no próprio Irã”, informou o Financial Times.
Governos europeus ainda aguardam um relatório completo de inteligência sobre a extensão dos danos em Fordow, que foi construída no subsolo de uma montanha perto da cidade sagrada de Qom. Um relatório inicial sugeriu “danos extensos”, mas não destruição estrutural total.