Pelo menos duas pessoas foram mortas e outras sete ficaram feridas neste domingo (29) em novos ataques da Rússia contra várias regiões da Ucrânia. Kiev disse que as forças de Moscou lançaram 537 drones e mísseis. Trata-se da maior ofensiva aérea desde o início da guerra, há mais de três anos.
Segundo o Exército ucraniano, as forças de Kiev conseguiram abater 211 drones. Outros 225 teriam sido perdidos, provavelmente devido à interferência eletrônica provocada pelos sistemas de defesa. Cerca de 40 mísseis foram interceptados.
Os armamentos que passaram, contudo, provocaram estragos. Ao menos seis locais foram atingidos, e mais dois registraram quedas de destroços. Além dos mortos e feridos, um caça americano F-16 foi abatido na ação. O piloto morreu, de acordo com a Força Aérea ucraniana. O país já perdeu três F-16 desde que começou a operá-los no ano passado. Kiev não revela o tamanho da sua frota, mas essas aeronaves se tornaram centrais para a estratégia da defesa ucraniana.
A ação aérea de Vladimir Putin foi mais uma etapa da vingança contra o mega-ataque ucraniano contra a frota de bombardeiros estratégicos russos, ocorrido no começo do mês. Foram empregados neste domingo 477 drones e 60 mísseis, ultrapassando o recorde de 499 armamentos usados no último dia 9.
Moscou bombardeia a Ucrânia quase diariamente desde 24 de fevereiro de 2022, quando começou a invasão do vizinho. Hoje, os russos ocupam cerca de 20% do território ucraniano. As negociações para uma trégua estão em um impasse.
O líder russo, Vladimir Putin, "decidiu há muito tempo continuar a guerra, apesar dos apelos de paz da comunidade internacional", disse após a ofensiva o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
As Forças Armadas russas, que reivindicaram a tomada de uma nova localidade na região de Donetsk, no Leste, afirmaram ter atingido instalações de um complexo militar-industrial ucraniano e refinarias de petróleo. Também disseram que interceptaram três drones ucranianos na noite de sábado (28).
Agências