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Publicada em 20 de Junho de 2025 às 18:18

Presidência da COP30 apresenta agenda de ações para Belém e propõe meta global de corte de emissões

Foco da agenda em Belém está na implementação do que já foi acordado nas cúpulas anteriores

Foco da agenda em Belém está na implementação do que já foi acordado nas cúpulas anteriores

Carlos Fabal/AFP/JC
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Agências
Em sua quarta carta à comunidade internacional, a presidência brasileira da COP30 -a 30ª conferência do clima da ONU, que acontece de 10 a 21 de novembro em Belém- lançou uma agenda de ação climática com pontos estruturados, focando na implementação do que já foi acordado nas cúpulas anteriores.
Em sua quarta carta à comunidade internacional, a presidência brasileira da COP30 -a 30ª conferência do clima da ONU, que acontece de 10 a 21 de novembro em Belém- lançou uma agenda de ação climática com pontos estruturados, focando na implementação do que já foi acordado nas cúpulas anteriores.
"Como temos dito desde a primeira carta: já temos, dentro do Acordo de Paris e da UNFCCC [órgão da ONU para o clima], bases suficientes para agir. Não precisamos de mais negociações para começar a implementar. É claro que há temas que ainda exigem negociação, mas muitos outros já estão prontos para serem postos em prática", disse o autor do documento, o embaixador André Corrêa do Lago, em entrevista coletiva após o lançamento.
"Sempre que pensamos em implementação, negociação ou qualquer outro aspecto deste processo, precisamos lembrar da urgência. A ciência é absolutamente clara: temos muito pouco tempo para fazer o que precisa ser feito, e sabemos como fazer", afirmou.
O documento orienta a agenda de ação em torno do balanço global, também conhecido pela sigla em inglês GST ("global stocktake"): um mecanismo previsto pelo Acordo de Paris que ajuda a avaliar o progresso dos países em direção às metas de redução de gases de efeito estufa. Devendo ocorrer a cada cinco anos, o GST teve seu primeiro relatório apresentado em 2022, na COP28, em Dubai.
Na carta, o presidente da COP30 reforça a ideia de criação de um "mutirão global" para acelerar a implementação do Acordo de Paris, tendo justamente as conclusões apresentadas pelo GST como uma "bússola orientadora global". Em uma inovação, o documento propõe que o GST seja tratado como uma meta global para cortar as emissões.
"Nosso objetivo é trazer uma nova dinâmica à ação climática global, alinhando os esforços de empresas, sociedade civil e todos os níveis de governo em uma ação coordenada", escreveu Corrêa do Lago, que pede que o balanço global seja considerado uma "NDC global".
Uma das principais siglas do jargão climático, NDC faz referência às contribuições nacionalmente determinadas: documento, também no âmbito do Acordo de Paris, em que cada país apresenta voluntariamente sua meta de redução de emissões, assim como seus planos para atingir esses resultados. O presidente da COP30 pede então que a comunidade internacional se una em torno de uma GDC, que seria, na sigla em inglês, a "contribuição globalmente determinada".
A agenda de ação da COP30 foi apresentada com 30 objetivos-chave, divididos em seis eixos temáticos: transição de energia, indústria e transporte; preservação de florestas, oceanos e biodiversidade; transformação da agricultura e dos sistemas alimentares; construção de resiliência para cidades, infraestrutura e água; promoção do desenvolvimento humano e social; e facilitadores e aceleradores transversais.
 

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