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Publicada em 19 de Junho de 2025 às 19:43

Espanha rejeita proposta da Otan para que gastos com defesa sejam equivalentes a 5% do PIB

Segundo Pedro Sánchez, país não pode se comprometer com uma meta específica de gastos em termos de PIB

Segundo Pedro Sánchez, país não pode se comprometer com uma meta específica de gastos em termos de PIB

OSCAR DEL POZO/AFP/JC
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Agências
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, enviou comunicado ao secretário geral da Otan, Mark Rutte, rejeitando proposta da organização para que gastos com segurança e defesa sejam equivalentes a 5% do Produto Interno Bruto (PIB). "A Espanha não pode se comprometer com uma meta específica de gastos em termos de PIB", disse.A maioria dos aliados dos EUA na Otan está em vias de endossar a exigência do presidente norte-americano, Donald Trump, para que invistam 5% do PIB em defesa. No começo deste mês, Suécia e Holanda disseram que pretendem atingir a meta."Para a Espanha, comprometer-se com uma meta de 5% não seria apenas inaceitável, mas também contraproducente, pois prejudicaria os esforços da União Europeia de fortalecer o ecossistema de segurança e defesa", afirmou Sánchez no comunicado.A Espanha foi o país que menos gastou em defesa no ano passado, entre as 32 nações integrantes da Otan, direcionando menos de 2% de seu PIB para este fim.Sánchez disse em abril que o governo aumentaria os investimentos em US$ 12 bilhões de dólares este ano para atingir a meta anterior da Otan, que era de 2% do PIB.O primeiro-ministro assegurou que o país está "totalmente comprometido com a Otan", mas que atingir uma meta de 5% "seria incompatível com nosso estado de bem-estar e nossa visão de mundo". Sánchez disse que isso exigiria cortes em serviços públicos e redução de outros gastos.Escândalos de corrupção que envolveram o círculo íntimo de Sánchez e membros de sua família colocaram o líder espanhol sob pressão crescente para convocar uma eleição antecipada. Em abril, quando anunciou que a Espanha atingiria a meta anterior de 2% de gastos estabelecidos pela Otan, a medida irritou alguns membros da coalizão mais à esquerda de seu Partido Socialista.Os membros da Otan concordaram em gastar 2% do PIB em despesas militares depois que a Rússia começou sua escalada contra a Ucrânia, em 2022. Os planos do grupo para defender a região e os EUA contra um ataque russo exigem investimentos de, pelo menos, 3%. A questão ainda a ser respondida é qual prazo os países terão para atingir uma eventual nova meta de gastos.
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, enviou comunicado ao secretário geral da Otan, Mark Rutte, rejeitando proposta da organização para que gastos com segurança e defesa sejam equivalentes a 5% do Produto Interno Bruto (PIB). "A Espanha não pode se comprometer com uma meta específica de gastos em termos de PIB", disse.

A maioria dos aliados dos EUA na Otan está em vias de endossar a exigência do presidente norte-americano, Donald Trump, para que invistam 5% do PIB em defesa. No começo deste mês, Suécia e Holanda disseram que pretendem atingir a meta.

"Para a Espanha, comprometer-se com uma meta de 5% não seria apenas inaceitável, mas também contraproducente, pois prejudicaria os esforços da União Europeia de fortalecer o ecossistema de segurança e defesa", afirmou Sánchez no comunicado.

A Espanha foi o país que menos gastou em defesa no ano passado, entre as 32 nações integrantes da Otan, direcionando menos de 2% de seu PIB para este fim.

Sánchez disse em abril que o governo aumentaria os investimentos em US$ 12 bilhões de dólares este ano para atingir a meta anterior da Otan, que era de 2% do PIB.

O primeiro-ministro assegurou que o país está "totalmente comprometido com a Otan", mas que atingir uma meta de 5% "seria incompatível com nosso estado de bem-estar e nossa visão de mundo". Sánchez disse que isso exigiria cortes em serviços públicos e redução de outros gastos.

Escândalos de corrupção que envolveram o círculo íntimo de Sánchez e membros de sua família colocaram o líder espanhol sob pressão crescente para convocar uma eleição antecipada. Em abril, quando anunciou que a Espanha atingiria a meta anterior de 2% de gastos estabelecidos pela Otan, a medida irritou alguns membros da coalizão mais à esquerda de seu Partido Socialista.

Os membros da Otan concordaram em gastar 2% do PIB em despesas militares depois que a Rússia começou sua escalada contra a Ucrânia, em 2022. Os planos do grupo para defender a região e os EUA contra um ataque russo exigem investimentos de, pelo menos, 3%. A questão ainda a ser respondida é qual prazo os países terão para atingir uma eventual nova meta de gastos.

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