A Suprema Corte de Justiça da Argentina determinou, nesta terça-feira (10), a prisão da ex-presidente Cristina Kirchner. Os juízes rejeitaram um recurso que tentava anular a condenação a seis anos de prisão por corrupção. Com a decisão, Cristina pode ser detida a qualquer momento.
A condenação já havia sido confirmada por duas instâncias da Justiça do país. Cristina, no entanto, aguardava em liberdade a análise do recurso apresentado à Suprema Corte. Diante da possibilidade de prisão, a ex-presidente convocou apoiadores a se mobilizarem e irem às ruas contra a decisão. Segundo o jornal Clarín, há bloqueios em rodovias que dão acesso à cidade de Buenos Aires.
A ex-presidente de 72 anos anunciou na semana passada que concorreria a uma vaga como deputada na província de Buenos Aires, nas eleições legislativas provinciais de 7 de setembro. Caso vença, receberá privilégios. Mas, agora, a sua prisão a excluiria de todos os cargos eletivos e forçaria a oposição a repensar sua estratégia eleitoral.
Cristina é a segunda presidente na democracia a ser condenada, após Carlos Menem (1989-1999), que foi sentenciado a sete anos de prisão por venda de armas. A ex-chefe de Estado deve ser tornar a primeira a ir para a prisão, já que o caso de Menem nunca foi confirmado.