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Publicada em 04 de Junho de 2025 às 19:52

Lee Jae-myung toma posse prometendo unir a Coreia do Sul

Presidente promete restaurar a qualidade de vida da população

Presidente promete restaurar a qualidade de vida da população

Ahn Young-joon/AFP/JC
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Agências
O novo presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, assumiu o cargo nesta quarta-feira (4) prometendo unir o país e retomar o crescimento econômico, após seis meses de crise política. Foi durante discurso de posse na Assembleia Nacional, a mesma que, em dezembro, havia sido cercada por militares durante uma lei marcial que durou poucas horas.
"Não importa quem você apoiou nesta eleição, servirei como um presidente que acolhe a todos e serve a todos os cidadãos", afirmou, acrescentando, sobre a economia: "Criarei uma sociedade em constante crescimento e desenvolvimento". Segundo ele, "é hora de restaurar a qualidade de vida da população, hoje à beira do abismo".
O impacto das tarifas americanas levou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a reduzir a projeção de crescimento da Coreia do Sul neste ano para 1%, em comparação com uma projeção de 2,1% em dezembro. O Banco da Coreia, seu banco central, foi além e fez uma previsão de 0,8%.
As exportações caíram 1,3% em maio, em relação ao mesmo mês de 2024. As vendas para os Estados Unidos, no mês, caíram 8,1%. Sublinhando o foco imediato na situação econômica, Lee usou sua primeira ordem executiva para criar uma força-tarefa de emergência. "Vou apoiar os líderes empresariais para que criem seus negócios livremente, cresçam e concorram no mercado global", disse. "A inovação e o novo crescimento só são possíveis se o país enfrentar os desafios."
Citou, no contexto econômico, que "a febre internacional pela cultura coreana deve ser consolidada no desenvolvimento da indústria cultural e na criação de bons empregos". Por outro lado, questionou a visão de "crescimento primeiro, distribuição depois". Segundo Lee, os dois "não são contraditórios, mas complementares", argumentando: "A polarização devido à desigualdade virou uma barreira ao crescimento, e compartilhar as oportunidades e os frutos do crescimento de maneira equitativa é o caminho para um crescimento sustentável".
Segundo a imprensa sul-coreana, as palavras mais usadas no discurso foram "crescimento" e "mundo", ambas cerca de 20 vezes. No caso da segunda, Lee apresentou a Coreia do Sul como "um modelo de democracia para o mundo" e a posse do novo governo como "um tempo para reanimar a democracia".
Afirmou que seu país abre um novo capítulo na história mundial da democracia, ao suprimir um golpe do líder supremo com simples bastões de torcida, sobre os pequenos infláveis plásticos de mão usados nas manifestações de dezembro.
 
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