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Publicada em 05 de Maio de 2025 às 17:44

Cardeais que votam no conclave estão em Roma, diz Vaticano

Alguns religiosos buscam um novo papa que dê continuidade ao trabalho de Francisco

Alguns religiosos buscam um novo papa que dê continuidade ao trabalho de Francisco

Dimitar DILKOFF/AFP/JC
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Agências
Os 133 cardeais que participarão do conclave para eleger um novo papa já chegaram a Roma, informou o Vaticano nesta segunda-feira (5). O conclave começará com portas fechadas, na Capela Sistina, nesta quarta-feira (7), com todos os cardeais com menos de 80 anos com direito a participar da escolha do sucessor do papa Francisco, que morreu no mês passado.
Os 133 cardeais que participarão do conclave para eleger um novo papa já chegaram a Roma, informou o Vaticano nesta segunda-feira (5). O conclave começará com portas fechadas, na Capela Sistina, nesta quarta-feira (7), com todos os cardeais com menos de 80 anos com direito a participar da escolha do sucessor do papa Francisco, que morreu no mês passado.
Alguns cardeais buscam um novo papa que dê continuidade à iniciativa de Francisco de criar uma Igreja mais transparente e acolhedora, enquanto outros estão buscando um retorno às raízes mais tradicionais que valorizam a doutrina.
Os conclaves geralmente se estendem por vários dias, com diversas votações antes que um candidato obtenha a maioria necessária de 75% para se tornar papa. Cardeais têm se reunido quase diariamente desde o dia seguinte à morte de Francisco, em 21 de abril, para discutir a situação da Igreja de 1,4 bilhão de membros, com o número de clérigos participantes aumentando gradualmente.
O Vaticano informou que 180 cardeais, incluindo 132 eleitores, participaram de uma reunião na manhã desta segunda-feira. O 133º eleitor também já está em Roma, mas não participou das discussões. Dois cardeais, um da Espanha e outro do Quênia, não participarão do conclave por motivos de saúde, informou o Vaticano. Entre as questões abordadas estava a "forte preocupação" com as divisões dentro da Igreja, disse o porta-voz do Vaticano - em uma possível referência às divisões sobre a decisão de Francisco de permitir bênçãos a parceiros do mesmo sexo e de abrir a discussão sobre o papel das mulheres na Igreja.
Os cardeais também falaram sobre o perfil de um futuro papa - "uma figura que deve estar presente, próxima, capaz de ser uma ponte e um guia... um pastor próximo da vida real das pessoas", disse o porta-voz.
Embora alguns cardeais sejam vistos como possíveis candidatos à sucessão de Francisco - dois deles frequentemente mencionados são o cardeal italiano Pietro Parolin e o cardeal filipino Luis Antonio Tagle - muitos dos clérigos votantes ainda não se decidiram.
"Minha lista está mudando e acho que continuará a mudar nos próximos dias", disse o cardeal britânico Vincent Nichols, que participa de seu primeiro conclave, à Reuters. "É um processo que, para mim, está longe de ser concluído, muito longe de ser concluído".
O cardeal alemão Walter Kasper, que tem 92 anos e não pode participar da votação, disse que tem certeza de que os eleitores escolherão alguém que seguirá a agenda progressista do argentino. "Acredito que há uma expectativa muito clara. As pessoas querem um papa que siga Francisco. Um pastor que conheça a linguagem do coração, que não se feche em palácios", disse Kasper.

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